I M P U N I D A D E - VERGONHA NACIONAL

É INACEITÁVEL QUE A IMPUNIDADE E A VIOLÊNCIA SEJAM TRANSFORMADAS EM VALORES LEGÍTIMOS DO MORAL NACIONAL*** Não existe democracia onde não existe segurança do Direito com Soberania, Paz Social, Progresso, Integração Nacional e Integridade do Patrimônio Nacional.

20060608

Até quando iremos agüentar?


por Marli Nogueira em 08 de junho de 2006

Resumo: O PT anunciou que o líder da invasão à Câmara dos Deputados foi "afastado", o que revela que o partido não vê, no ato de vandalismo, uma falta tão grave assim a ponto de recomendar sua expulsão ao invés de "afastamento".

© 2006 MidiaSemMascara.org

Quem assistiu pela televisão à invasão da Câmara dos Deputados pelo MLST, teve uma boa amostra do estado de baderna, de desgoverno, de insegurança, além do absoluto desrespeito à ordem e à lei em que o país se encontra.

O MLST - Movimento de Libertação dos Sem-Terra - é uma dissidência ainda mais à esquerda do que seu irmão mais velho, o já famoso MST. Conta com 9 anos de existência, tendo sido fundado em 1997 pelo Sr. Bruno Costa de Albuquerque Maranhão, também um dos fundadores do PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário), formalmente constituído em 1968 e responsável por várias ações armadas urbanas e assaltos a bancos a partir do final da década de 60, movido pelo desejo de implantar no país um regime comunista. E o MLST mostrou que não está aqui para brincar e nem para fazer reivindicações justas e, muito menos, pacíficas.

O que espanta é saber que o líder da "manifestação", o mesmo Bruno Maranhão, é Secretário dos Movimentos Populares do Partido dos Trabalhadores. O que isso significa? Significa exatamente o que o nome do cargo indica: que ele tem por missão arregimentar pessoas, incutir-lhes ódio e ideologias de quinta categoria, armá-las (por enquanto apenas com paus, pedras e facões), e depois utilizá-las para fazer arruaças e criar um clima de instabilidade no país para, em seguida, deixar que os intelectuais do partido "interpretem" os fatos. E que interpretação será essa? A mesma que se deu ao conhecido episódio de Eldorado dos Carajás, em que policiais militares, acuados diante de centenas de baderneiros armados com foices e enxadas e indo em sua direção, foram recuando até ficarem imobilizados na lateral de um caminhão, sendo obrigados, como último recurso, a abrir fogo para salvar a própria pele. Quem é que levou a fama de bandidos? Os policiais, é claro. E quem saiu como "vítimas" dessa história? Os coitadinhos dos trabalhadores(?)sem-terra, evidentemente.

O vídeo original exibindo o ataque dos sem-terra em Eldorado do Carajás mostrava, com total nitidez, a inferioridade numérica dos policiais diante dos agressores e a violência com que estes partiram para cima deles. Em seguida, porém, num ato de muita esperteza política, o vídeo foi reeditado para dele se cortar a cena inicial, de modo que ficasse apenas o momento em que os policiais começaram a atirar. Todo mundo se lembra do massacre posterior que a própria mídia e os intelectuais de esquerda fizeram (e ainda fazem) sobre nós, a fim de que nos apiedássemos dos pobrezinhos dos sem-terra e, ao mesmo tempo, odiássemos a Polícia Militar do Pará e, por tabela, as Polícias Militares de todas as unidades da federação. É assim que age essa esquerda tresloucada, com a cumplicidade de grande parte da mídia.

Não será estranho, portanto, que daqui a algum tempo esse mesmo ato de barbárie perpetrado contra a Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 06/06/06 (dia do nascimento do anti-Cristo, ou da "Besta", segundo o evangelho de São João), se não cair no esquecimento geral, seja também "reeditado" para que sequer apareçam as cenas que não deixam margem a dúvidas de que a agressão foi praticada única e exclusivamente pelos integrantes do MLST. E todos aqueles que não viram o ato original, dirão, boquiabertos, certos de que o novo vídeo é a prova inconteste do crime: "Mas eu não estou vendo agressão nenhuma! Por que os seguranças estão agindo com tanta violência contra gente tão humilde?" E dabates serão promovidos nas emissoras de rádio e televisão, nas escolas, nas universidades e, com certeza, até no próprio Congresso Nacional, para que se encontrem "soluções para os graves problemas sociais do país." Parece piada, mas é exatamente isso o que acontece sempre.

A natureza da ação do MLST já não era novidade alguma. Uma demonstração de sua índole já havia sido dada em 2005, quando seus integrantes invadiram o prédio do Ministério da Fazenda e ali causaram um tumulto que, é lógico, em seguida a mídia tratou de abafar a fim de preservar a boa imagem daquele "movimento social". Hoje aquele ato jaz na cova fria do esquecimento e, ao que se saiba, ninguém pagou por ele.

A tática é sempre essa: noticia-se o ocorrido, mas, com a ausência de providências enérgicas por parte do governo e com o auxílio de boa parte da mídia, ele acaba não passando de uma simples "ocorrência".

Aliás, não será surpresa alguma se viermos a saber que toda essa baderna encenada na Câmara dos Deputados foi muito bem preparada pelo PT com a intenção de fazer ver à sociedade que "atos de violência não serão tolerados", punindo-se de mentirinha alguns dos integrantes do movimento, para depois providenciar-se, com bons advogados, a sua liberdade por meio de medidas judiciais. Tudo para que a sociedade acredite que o PT mudou, que o PT está empenhado em não permitir abusos de qualquer natureza. Perguntinha de algibeira: o que é que o PT ganharia com isso? Mais votos das classes A e B, que, embora com melhor poder aquisitivo, são suficientemente desinformadas para acreditar nessa balela e colocar nas urnas o seu voto para o atual presidente, que até o momento só tem sua reeleição garantida nas classes D e E. Não deixaria de ser engenhoso, não?

Mas voltando ao Bruno Maranhão: homem rico, filho de usineiros e que mandou os filhos estudarem nos Estados Unidos (afinal, socialismo é bom para os outros, né?), Maranhão é dirigente da Tendência Brasil Socialista, uma das muitas organizações que atuam sob o guarda-chuva do PT com a leniência da direção do partido. Mas, o que é a Tendência Brasil Socialista? Nada mais do que o nome de fantasia do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário. Ficou claro agora? E que "punição" ele recebeu do PT? Um simples "afastamento", ou seja, uma licença, até que as coisas se acalmem, até que nós todos nos esqueçamos não apenas dele mesmo, como de tudo o que aconteceu na Câmara dos Deputados nesse fatídico 06/06/06.

O certo é que, a cada ano que passa, assistimos a mais e mais demonstrações desses fora-da-lei travestidos de "excluídos", sem que o poder público tome qualquer medida para impedi-las. E mais: sem que nem mesmo puna os culpados com o rigor que eles merecem. Ao contrário, o governo trata sempre de premiar os baderneiros, dando-lhes vultosas verbas federais, além de incentivar o ensino da esquerdopatia em suas escolas, todas elas autorizadas pelo MEC. Provavelmente, os altíssimos impostos que somos obrigados a pagar não são suficientes para que o Estado tome providências a favor da sociedade, e não dos baderneiros. Quem sabe se, aumentando os impostos, isso não será possível?!

A repetição de fatos envolvendo baderneiros e criminosos de todo quilate vem provocando um efeito paradoxalmente incrível: a banalização da baderna e do crime, como se isso fosse algo perfeitamente normal. Mas na medida em que o Estado permite esse desmando, esse desgoverno, esse Estado paralelo, mais ele se agrava. Até chegar a um ponto tal, que não será mais possível revertê-lo. E aí estaremos regredindo, irremediavelmente, para os tempos das cavernas, quando, não havendo Estado, eram os próprios indivíduos que faziam a sua defesa. Será a anarquia generalizada, a instalação do caos.

Se o Estado tem o monopólio da força (é por isso e para isso que ele existe), é absolutamente inadmissível que permaneça inerte diante de fatos tão graves, limitando-se seus representantes a proferir discursos que sabidamente não são apropriados para tamanha gravidade. De nada adianta afirmar, como fez o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rabelo, que "os culpados serão punidos", quando todos nós sabemos, de antemão, que muito provavelmente não haverá punição alguma. Quem observou a turma de cerca de 500 pessoas que participaram do vandalismo se dirigindo à sede da Polícia Federal para prestar depoimentos, já percebeu, de longe, pela calma e tranqüilidade de cada um deles, que todos parecem estar muito bem acobertados. Afinal, quem terá moral para processar e prender um só desses meliantes, se a ação criminosa foi praticada sob a coordenação justamente do Secretário dos Movimentos Populares do Partido dos Trabalhadores, ação essa que, também muito provavelmente, contou com o conhecimento do partido que ocupa o mais alto cargo da república e que detém todo o poder?

Como prova de que já começou o aquecimento dos panos, o PT anunciou que o Sr. Bruno Maranhão foi "afastado", o que revela que o partido não vê, no ato de vandalismo a que o Brasil inteiro assistiu, uma falta tão grave assim a ponto de recomendar sua expulsão ao invés de "afastamento". Evidentemente que se esse mesmo ato tivesse sido praticado por um grupo de "neo-nazistas" (nome dado pela esquerda a todos aqueles que a ela se contrapõem), seu líder a essa altura estaria, e com razão, devidamente trancafiado no xadrez e sendo massacrado pelos políticos e pela imprensa. Com uma turma dessa, não há salvação!

Ou muito me engano, ou em breve estaremos sujeitos a atos inimagináveis provocados por esses mesmos ideólogos que, do alto de sua arrogância, pretendem transformar o mundo, recriando-o à sua própria imagem e semelhança. Seremos invadidos em nossas próprias casas e assistiremos, impotentes, à espoliação de nosso bens, tudo em nome do ideal socialista. Aliás, preparem-se: o MST já prometeu ações urbanas para muito breve.

Vamos ver como se comporta a sociedade brasileira com relação a esse estupro ao coração de um dos poderes da República. Que ela se faça, com urgência, a pergunta que precisa ser feita: até quando iremos agüentar, calados, sem reação alguma?

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