AOS MILITARES DAS FORÇAS ARMADAS
AOS MILITARES DAS FORÇAS ARMADAS
A Constituição promulgada em 1988 estabeleceu um desequilíbrio onde o excesso de direitos e a minimização de deveres geraram uma distorção político-econômica que iria criar toda sorte de entraves para que um processo de desenvolvimento sustentado assegurasse ao País a reconquista do patamar alcançado ao final de 1973 que o identificava como a 8ª economia do planeta. Com a nova Constituição, cinco Governos já se apresentaram, plantando rivalidades, desrespeitando a ordem hierárquica, reorganizando estruturas operacionais e destruindo inteligências que atingiram postos de chefias em governos anteriores.
Simultaneamente, estabeleceu-se um sentimento de antagonismo, intolerância, preconceito e revanchismo entre a classe política e o estamento militar, o que não foi alterado até os dias atuais. O comportamento da mídia só fez acelerar esses sentimentos que não enobrecem e não constroem a sociedade que todos gostaríamos de participar.
Se nos últimos vinte anos, nenhuma concepção política ou conceito estratégico foram elaborados, tal situação não foi alterada pela criação do Ministério da Defesa cuja Política de Defesa Nacional é tímida, incompleta e não consegue enxergar possibilidades de conflitos num mundo globalizado onde o terrorismo está transformando profundamente as relações internacionais.
O Brasil vive um momento dramático e apresenta-se agora uma oportunidade que não pode ser perdida com as eleições presidenciais. Há que ser estabelecido um pacto de apoio irrestrito à candidatura GERALDO ALKMIN, onde as Forças Armadas reivindicariam, ao seu Comandante-em-Chefe, o Ministério da Defesa, a ser ocupado por um Oficial-General.
Esse pacto passa obrigatoriamente pela formação de um Congresso que detenha de forma incontestável a legítima representação da sociedade brasileira da qual é segmento importante o estamento militar. Assim, as Forças Armadas têm o dever de escolher aqueles que se preocuparão com sua missão constitucional, seus deveres e seus direitos. Esta assertiva é válida para os 27 Estados da Federação. Existem candidatos que só dependem da nossa capacidade de julgar e escolher, tarefas essas que nos foram permanentemente imputadas ao longo de nossas carreiras. Um exemplo de escolha no Rio de Janeiro é o Coronel-EB, Engenheiro, José Hermida. Nos demais Estados, não é difícil encontrar nomes que responderão às nossas expectativas.
Não se torna necessário explicitar a importância desse pacto na conjuntura adversa que estamos atravessando. Que mais do que nunca, as virtudes platônicas da inteligência e da coragem guiem os atos e ações daqueles que, na ativa ou na reserva, tenham como objetivo maior resgatar a ascendência moral e o prestígio profissional do militar que sempre viu em sua corporação o reconhecimento do trabalho que enobrece e do silêncio que constrói.
Não é sem razão que a história da Nação Brasileira confunde-se com a história de suas Forças Armadas que, com lideranças adequadas e legítimas, saberão ultrapassar todas as dificuldades e vicissitudes do presente, buscando mais uma vez, como tantas fizeram no passado, assegurar ao povo brasileiro sua independência, soberania, liberdade e segurança.
Almirante-de-Esquadra (Refº)
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