Nota da Revista Veja sobre ameaças contra seus jornalistas
Nota da Revista Veja sobre ameaças contra seus jornalistas por Redação MSM em 01 de novembro de 2006 Resumo: Declaração da Editoria da revista Veja sobre a intimidação sofrida pelos seus jornalistas durante depoimentos na Polícia Federal. © 2006 MidiaSemMascara.org Nota MSM: Alvos de um comportamento que lembra as ações da KGB ou Gestapo, jornalistas da revista Veja foram intimidados e coagidos por agentes da Polícia Federal, mesmo com a presença de advogado e um representante do ministério público, demonstrando que os totalitários e candidatos a ditadores realmente entenderam que a reeleição do presidente Lula foi um aval para continuar com seus “métodos” na caminhada rumo ao poder total, não importa a que custo. Esperamos que este episódio sirva de alerta aos órgãos de mídia e informação que ainda não estão comprometidos com os totalitários encastelados no poder para que deixem de lado ilusões sobre a crença que o partido governista é um partido comum, e não uma agremiação revolucionária, e entendam, de uma vez por todas, que o modus operandi dessas pessoas é exatamente esse - como o MSM tem alertado ao longo dos últimos anos -, explicitando um comportamento truculento que, tudo indica, tende a piorar muito. Abaixo, a íntegra da nota de Veja sobre o episódio. *** Abusos, ameaças e constrangimentos A pretexto de obter informações para uma investigação interna da corregedoria sobre delitos funcionais de seus agentes e delegados, a Polícia Federal intimou cinco jornalistas de VEJA a prestar depoimentos. Eles foram os profissionais responsáveis pela apuração de reportagens que relataram o envolvimento de policiais em atos descritos pela revista como "uma operação abafa" destinada a afastar Freud Godoy, assessor da presidência da Republica, da tentativa de compra do dossiê falso que seria usado para incriminar políticos adversários do governo. Três dos cinco jornalistas intimados – Júlia Duailibi, Camila Pereira e Marcelo Carneiro – foram ouvidos na tarde de terça-feira pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira. Para surpresa dos repórteres sua inquirição se deu não na qualidade de testemunhas, mas de suspeitos. As perguntas giraram em torno da própria revista que, por sua vez, pareceu aos repórteres ser ela, sim, o objeto da investigação policial. Não houve violência física. O relato dos repórteres e da advogada que os acompanhou deixa claro, no entanto, que foram cometidos abusos, constrangimentos e ameaças em um claro e inaceitável ataque à liberdade de expressão garantida na Constituição.
A estranheza dos fatos é potencializada pela crescente hostilidade ideológica aos meios de comunicação independentes, pelas agressões de militantes pagos pelo governo contra jornalistas em exercício de suas funções e, em especial, pela leniência com que esses fatos foram tratados pelas autoridades. Quando a imprensa torna-se alvo de uma força política no exercício do poder deve-se acender o sinal de alerta de modo que a faísca seja apagada antes que se torne um incêndio. Nunca é demais lembrar: "Pior do que estar submetido à ditadura de uma minoria é estar submetido a uma ditadura da maioria." [*] Texto publicado pela Veja On Line - http://vejaonline.abril.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=1&textCode=121030&date=currentDate | |
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