Por Jorge SerrãoDesaba, tecnicamente, o mito da eleição eletrônica 100% segura, cantado em versa e prosa pelo Tribunal Superior Eleitoral. Tais sistemas de votação são mesmo vulneráveis à adulteração. A constatação é de um rigoroso estudo do Instituto Nacional para Padrões e Tecnologia. Pena que tal entidade seja sediada nos Estados Unidos da América. Seus cientistas advertem que as urnas eletrônicas não devem ser utilizadas nos EUA sem uma cópia de segurança do voto em papel para garantir a apuração correta.
Os norte-americanos apenas ratificam o que vem denunciando, há anos, o fórum do Voto Seguro.Org, liderado pelo engenheiro brasileiro Amilcar Brunazo Filho e por engenheiros da Escola Politécnica de São Paulo como Walter Del Pichia. Agora, os cientistas do Instituto Nacional para Padrões e Tecnologia alertaram em relatório que os EUA não devem usar sistemas de telas com toque. A não ser que também imprimam cédulas no papel após a votação, para que eleitores e oficiais da eleição possam garantir que os votos sejam contados corretamente.
O estudo deve encorajar representantes dos Estados norte-americanos a desistirem de tecnologias de votação puramente eletrônicas. A avaliação é de Avi Rubin, cientista computação da Universidade Johns Hopkins, um crítico ferrenho dos sistemas por toque. Já o relatório dos cientistas norte-americanos deixa bem claro sobre os riscos das urnas eletrônicas sem o voto impresso: "Em princípio, um único programador inteligente e desonesto em uma empresa de máquinas de votação pode fraudar a eleição de um Estado inteiro se esse Estado utilizar principalmente apenas um tipo de sistema".
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