Avisem o presidente, ninguém vai matá-lo
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22 de fevereiro de 2007 | ||||
Por Orion Alencastro O crime organizado no país agradece ao governo pelos maravilhosos dias de carnaval. Houve aparente trégua com as forças de segurança, mas foi um período altamente lucrativo ao narcotráfico e seus agentes espalhados no mercado consumidor. Afrouxado o dispositivo policial e aproveitada a folia de Momo, estima-se que a introdução de munição e armas contrabandeadas foi bastante compensadora. Brevemente, estas armas serão usadas para intimidar vítimas e desafiar a polícia. A sociedade tem pressa, está alarmada com a organização do crime nas cidades e, agora, com a investida do crime organizado no campo pelo MST. Luiz Inácio da Silva esquece de cobrar do seu criminalista Márcio Thomaz Bastos como está o tal projeto do Sistema de
O ocupante do Palácio do Planalto vai ouvir dos visitantes manifestações e interesses comuns no campo econômico e energético, mas poderá ter que tomar conhecimento do mapa da ocupação do crime e suas articulações nos espaços do seu mercado na América Latina. Luiz Inácio da Silva já não se expõe em público com a mesma desenvoltura de antes, seus auditórios e solenidades são rigorosamente montados e controlados pela segurança, inclusive em empresas estatais e eventos a convite da iniciativa privada. O Chefe de Estado não pode caminhar com a liberdade de líder popular, arriscou-se para atuar na campanha de reeleição, mas não se arriscaria mais para uma caminhada nas ruas do Rio ou São Paulo, por temor a eventuais desafetos dos passantes ou da curiosidade da multidão.
O crime organizado na cidade e no campo acompanham com ansiedade os debates na Câmara Federal, torcendo para que a maioridade penal permaneça nos 18 anos, assim os adolescentes continuarão aliciados para a prática de atos ilícitos e até homicídios, sem sofrerem o rigor da lei. Avisem o presidente que ninguém quer matá-lo mas, se receber uma bala perdida ou for alvo de um revólver certeiro, é mera coincidência da ação dos agentes menores e maiores do crime a que todos nós, homens de bem, brasileiros, estamos sujeitos. Isto se dá quando o governo do crime manda mais que as autoridades constituídas por conivência, omissão ou incapacidade para o exercício da função pública para as quais foram eleitas.(OI/Brasil acima de tudo) |
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