Lula, Chávez e a diplomacia do “mal menor”
22 de fevereiro de 2007 | ||
Resumo: É legítimo levantar dúvidas sobre o fundamento da esperança norte-americana de que o governo brasileiro possa ser um aliado confiável. © 2007 MidiaSemMascara.org Nicholas Burns, sub-secretário de Estado para Assuntos Políticos do governo norte-americano, visitou o Brasil manifestando a esperança de que o governo Lula assuma o papel de “potência regional” na América Latina, possa atuar como mediador com o governo Chávez, da Venezuela e, ao mesmo tempo, sirva como um contrapeso à influência chavista no continente. Burns reconheceu que a América Latina durante muito tempo “ficou à margem das preocupações norte-americanas” e passou a defender o “multilateralismo”, alegando que seu governo “não pode enfrentar sozinho todos os problemas” internacionais. Além da visita de Burns, espera-se a chegada da secretária de Estado, Condoleezza Rice, e o presidente Lula receberá a visita do presidente Bush em 9 de março, retribuindo-a, em Washington, em 31 de abril. O que foi dito acima revela o interesse do governo norte-americano em transformar o governo brasileiro em seu aliado mais importante e confiável do continente sul-americano. A pergunta crucial é se o atual governo brasileiro merece ou não essa confiança. Em relação aos Estados Unidos, o embaixador brasileiro em Washington, Roberto Abdenur – com o conhecimento de causa proveniente do alto cargo diplomático que ocupou durante anos, até há muito poucos dias – acaba de advertir que o “anti-americanismo” é um sentimento que impregna toda a política exterior do Itamaraty, a influente chancelaria brasileira. Suas declarações foram imediatamente ratificadas, de maneira enfática, pelos chanceleres Luiz Felipe Lampreia e Celso Lafer. Também tornou-se pública a existência, no Itamaraty, de um curso obrigatório de reciclagem ideológica esquerdista para diplomatas de carreira, organizado pelo secretário geral da chancelaria, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. |
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