A violência no Brasil e suas raízes na sociedade - Final
por Raphael De Paola em 28 de fevereiro de 2007
Resumo: Quanto maior for a confiança depositada nos slogans e na ética esquerdistas mais pessoas estarão sendo mortas e maior será o caos na segurança pública nacional.
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Toda a retórica esquerdista é fabricada artificialmente com a intenção de provocar na população a sensação oposta do que seus resultados terão no mundo real, tendo como efeito perverso, mas também calculado, que, quanto mais desesperada estiver a sociedade, mais enxergará em si própria as origens dos males e menos em quem trabalha incessantemente para produzi-los. Mas isso tem sua razão de ser: quem quer que veja nas “ações sociais” e numa justiça “alternativa” maior possibilidade de combate ao crime do que no fortalecimento do senso religioso, no enrijecimento da legislação e no melhoramento das polícias e Forças Armadas, e quem quer que acredite no discurso politicamente correto de que a pobreza causa violência e de que o caminho para diminuí-la passa pela educação do povo e pela melhoria das condições econômicas, faz-se cúmplice do estado de coisas no ato mesmo de dar ouvidos a toda essa porcaria. Só pode engolir todo esse discurso quem anestesia a mente para os fatos de que não faltam ricos cometendo crimes, países mais pobres que o Brasil têm taxas de criminalidade infinitamente menores que as nossas, que dentro do Brasil mesmo as áreas onde a violência se instalou de forma sistemática não são as mais miseráveis, que não faltam no Brasil as “ações sociais” e a mais branda legislação do mundo, e que a violência cresceu assustadoramente no Brasil justamente no período de maiores avanços sociais e no qual a escola atingiu praticamente a totalidade das crianças. Nossas escolas não resolverão nada, elas são uma das principais causas disso tudo: só ensinam ética revolucionária, lemas marxistas, ódio à sociedade e amor a Che Guevara; colocam camisinhas nas mãos de crianças, depois pregam o aborto como um direito humano e destroem a moral que a família e a religião lhes passaram. Sem contar que o assédio das drogas é muito mais fácil longe da vista dos pais. Universidades estatais têm curso de “formadores de movimentos sociais” que somente disseminarão mais ódio.
Se alguém acha que é culpado, enquanto parte da sociedade, pela violência, é porque realmente é. Quanto mais depositarmos confiança em slogans esquerdistas mais gente estaremos matando e contribuímos tanto mais para tal estado quanto mais delegarmos à ética comunista a tarefa de melhorar o país. Isso nos conduz a uma espiral alucinante onde, quanto mais remédio comunista, pior as coisas ficam e mais se pede daquele remédio. Por sua vez, uma mente esquerdista enxerga na piora do estado de coisas uma oportunidade de ataques ainda mais virulentos à sociedade. O ódio e o desprezo esquerdistas à sociedade são alimentados por si mesmos num moto contínuo, mas essa é a coisa mais velha do mundo: o diabo despreza aqueles que o respeitam. O cínico e perverso pedido de “calma” à população por parte de Lulas, Calheiros, OABs e demais tropas esquerdistas, para que ninguém tomasse decisões precipitadas no momento em que aconteceu um dos mais monstruosos crimes de que se tem notícia - como se fosse de ontem que as pessoas pensam e sofrem a violência, e como se viesse dela e não deles o perigo maior de alastrar a barbárie - só demonstra o desprezo e o ódio dessa gente pelo povo.
O experimento sociológico posto em prática no Brasil pela cosmo-visão esquerdista vai de vento em popa porque conta com a anuência de milhares de simpatizantes inconscientes que, assim como os primeiros, odeiam a existência e se odeiam, tendo como óbvia conseqüência o ódio à humanidade. Quando um assassino é posto de volta na sociedade sem ter pagado pelo crime que cometeu, dá-se a ele o recado de que a sociedade se importa muito pouco com o crime cometido e que ele pode voltar a matar, agora com permissão. Quem clama pelo relaxamento da legislação torna-se cúmplice dos crimes que serão cometidos no futuro, e é por isso que a sociedade brasileira está se sentindo cada vez mais culpada pela violência. O ódio à sociedade, implícito na retórica de que se deve ressocializar o criminoso mais que puni-lo - tornado óbvio pelo fato de que todo mundo sabe que o criminoso volta em 80% dos casos a reincidir e até aumentar a violência de seus crimes - recebe como aparente atenuante um hipnótico resquício de compaixão para com o transgressor. Este discurso, porém, como não poderia deixar de ser, é inteiramente falso também: negar a uma pessoa a punição justa por uma falta cometida é um ato de desamor, é deixar de ensinar-lhe a verdade. Muito mais importante do que preparar a ressocialização do criminoso ensinando-o a ler, escrever e ter uma profissão, é ensiná-lo o código moral de conduta das pessoas com as quais ele voltará a conviver, mostrar-lhe o que aquelas pessoas aceitam ou não como razoável. E não há forma mais correta de se tentar atingir isso do que a punição na medida justa. Não se pode imaginar que escolas, palestras e cursos de profissionalização possam substituir o valor de uma punição correta. Punir é amar, e qual pai não pune o filho exatamente por amor? Novamente a mitologia comunista coloca o dinheiro acima da conduta ética ao valorar mais a ressocialização econômica do que a ressocialização moral, imaginando que basta uma pessoa ter meios de se sustentar que se afastará do crime. Se você acredita nisso, tem toda a razão em se sentir culpado pela violência.
Cumprir apenas um sexto de uma pena que já segue a legislação mais branda do mundo - isso quando o aparato esquerdista não retira da polícia e da Justiça os meios de fazer com que o criminoso a cumpra – não é, como a retórica esquerdista procura fazer crer, um ato de compaixão e perdão para com um semelhante que cometeu uma falta que qualquer um poderia ter cometido. É um ato de covardia e ódio para com ele porque, ao agir assim, a sociedade empurrará novamente para cima dele a tentação de reincidir uma, duas, dez vezes, afastando dele cada vez mais a oportunidade do arrependimento sincero. Acredito verdadeiramente que quem comete uma injustiça padece mais do que quem a sofreu, e de que todo crime pode ser encarado como um pedido inconsciente do criminoso para que a sociedade o ajude a resgatar o senso moral de humanidade. Por isso mesmo é um ato de amor para com ele impedi-lo de voltar a cair. Se a punição imposta pela sociedade não é condizente com o crime cometido, o criminoso acaba se voltando com ainda mais raiva contra ela porque entende que o senso deformado de humanidade que ele tem não difere tanto assim daquele da sociedade. E o senso de humanidade das classes falantes brasileiras, salvo exceções, é todinho esquerdista, dos presídios ao presidente, dos empresários às cátedras universitárias, da mídia às igrejas. Cristo diz “Ai daqueles que fizerem cair um só desses pequeninos! Melhor seria se lhes amarrassem uma pedra ao pescoço e que os lançassem ao fundo do mar”. Faltará água para tanto padre e pastor politicamente correto que imagina salvar a alma do transgressor colocando-o frente a frente com a tentação.
Por isso, também acredito que quando algum “puro de coração” simpatizante lançar mão de algum dogma da moral esquerdista, este também merece a devida punição porque também está pedindo ajuda e clamando por correção: tem que ser ridicularizado em público e denunciado na sua deformação moral, não como um castigo ou vingança mas como um ato de amor para com ele. Corrigir um erro é amar. Seu senso moral está deformado e suas ações contribuem diretamente para a escalada da violência, por mais que a cultura em torno tente convencê-lo de que ele luta para diminuí-la. É mais humano para todos, inclusive para ele, que o responsabilizemos judicialmente por conivência com o crime do que o tratemos como um interlocutor cujas opiniões sejam dignas de serem debatidas. Quando o convidamos para um debate honesto, atribuindo-lhe uma responsabilidade que ele já demonstrou não ter, automaticamente compactuamos com o relativismo moral ao dar-lhe a impressão de que seu código de ética pode ser equiparado ao nosso.
Nada é mais frustrante do que ver os esforços de alguns adversários dessa cosmo-visão sociopata quando tentam opor à dogmática esquerdista uma série de teorias sobre o livre arbítrio, como se este fosse exercido num mundo platônico de idéias totalmente desligado da realidade concreta na qual vivemos. Enquanto a mitologia revolucionária enxerga o homem como mero produto do meio em que vive – Sartre achava que “o inferno são os outros”, Rousseau acreditava que o homem nascia puro como um “bom selvagem” e que era a maldita realidade social que o tornava mau, e Karl Marx é bem claro quanto a isso: “Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é inversamente o seu ser social que determina sua consciência.” - alguns de seus oponentes cometem um pecado que na aparência é o oposto: imaginam o homem como vivendo em um mundo de sonhos no qual a realidade em torno pode ser moldada de acordo com a consciência do indivíduo e que sua liberdade para tomar as melhores decisões e agir de acordo com elas paira infinitamente acima das condições materiais concretas. No fundo é o mesmo erro, porque enxerga a realidade como uma escrava da consciência, e não é outra coisa o que fazem os marxistas. No momento mesmo em que um oponente do marxismo tira a importância das determinações materiais – sociológicas, psicológicas ou físicas – e exagera a força que a liberdade humana tem para se sobrepor a elas, ele torna-se cego à multidão de ações postas em prática por aqueles que fabricaram artificialmente o atual estado de coisas. Acaba inconscientemente desculpando-os e procurando as raízes do mal em todo canto, exagerando a parcela que cabe a si próprio, sem ter nem mesmo a oportunidade de examinar o problema em nível racional e consciente. O pior culpado pela atual situação torna-se, assim, invisível.
O mal existe e está presente na sociedade, mas suas raízes não podem estar na coletividade como um todo se não estiverem antes dentro do próprio indivíduo. Por isso, qualquer código de conduta que vise antes a mudança social do que a do indivíduo que está falando é imoral em si. Toda a cultura esquerdista é calcada na idéia da construção de uma hipotética belíssima sociedade, na reforma total do mundo exterior, enquanto incentiva na esfera privada uma busca incessante pelo prazer, um hedonismo psicótico. Sexo, drogas e rock’n’roll redimirão o mundo. A pessoa não agüenta olhar para sua feiúra interior, com a qual todos temos que aprender a lidar, e se propõe então a consertar o mundo exterior. A cultura esquerdista amortece no indivíduo a noção de responsabilidade pessoal na medida em que desloca para fora dele a existência do mal, o que é uma crença de origem gnóstica. Assim como não se pode exagerar a força da liberdade humana para se sobrepor à cultura em torno, também não se pode atribuir à sociedade o poder total de corromper – ou redimir – o indivíduo. Mas isso não é desculpa para que entreguemos a construção da sociedade cada vez mais aos corações e mentes esquerdistas. Colhemos o que plantamos.
Moral vem de uma palavra latina que significa costumes, hábitos. Estude os hábitos dos esquerdistas, preste atenção aos seus costumes. Examine suas obras porque eles não vão parar.
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