I M P U N I D A D E - VERGONHA NACIONAL

É INACEITÁVEL QUE A IMPUNIDADE E A VIOLÊNCIA SEJAM TRANSFORMADAS EM VALORES LEGÍTIMOS DO MORAL NACIONAL*** Não existe democracia onde não existe segurança do Direito com Soberania, Paz Social, Progresso, Integração Nacional e Integridade do Patrimônio Nacional.

20070302

Cansei!


por João Nemo em 02 de março de 2007

Resumo: Ao que parece, a vitória eleitoral para a qual tanto colaboraram os supostos opositores, não trouxe uma anistia apenas em relação à corrupção e aos escândalos, mas desobrigou-o também de qualquer respeito à lógica, aos números, às verdades factuais etc.

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“Um homem pode ter coragem e altruísmo suficientes para se resignar a morrer combatendo nas Termópilas, mas é preciso muito estômago e ser muito tolo para combater rodeado de canalhas e covardes”.

Eduardo Afonso Bacelar

Não me entendam mal. Quando digo que cansei não significa que desisti, mas que vez ou outra preciso de um tempo para relaxar e fazer uma faxina no cérebro. Uma das conseqüências mais sofridas de ficar palpitando sobre o que acontece e, principalmente, sobre o que está na cara que vai acontecer e ninguém parece se importar é a obrigação de acompanhar, diariamente, doses cavalares de tolices. Liga-se a televisão e, se não houver um joguinho para assistir, lá vem uma cascata de asneiras. Se houver também, mas aí faz parte. É anunciada uma entrevista aparentemente importante, daquelas que nos sentimos na obrigação de acompanhar, e lá vem enganação explícita sob o olhar conivente ou complacente do(a) jornalista de quem esperávamos maior rigor profissional. Se alguém estiver disposto a destruir logo alguns milhões de neurônios por noite, é só seguir qualquer novela; portanto, passe rápido adiante, a não ser que você seja daqueles que aprende história universal com Hollywood e história do Brasil com a Globo. O controle remoto permite que sem sair do lugar possamos ir saltando entre os inúmeros canais, alternando cenas de sexo e de assassinato, pancadarias em vários estilos e, claro, música de terceira. Vez ou outra passamos por um canal educativo onde felinos lambem os filhotes e os passarinhos fazem ninhos. O melhor mesmo é dar uma paradinha no programa de alguma ex-modelo entrevistando um drogadito todo tatuado que tem grandes lições de vida a nos dar e críticas sagazes a fazer sobre os males do mundo. Desanimo. Aí tento os jornais impressos mas com exceção de algumas colunas e editoriais mais interessantes, o noticiário desinformativo ou irrelevante toma conta. Descobri que quando passo um certo período praticamente sem ler jornais, optando por livros bem selecionados ou, então, relendo clássicos, minha qualidade de vida melhora substancialmente. Alguém já disse que o mundo na verdade não está pior; a cobertura jornalística é que está muito melhor. Tenho cá minhas dúvidas, mas que ser informado, diariamente, de cada explosão de malucos no oriente médio enjoa, lá isso enjoa.

Mas o que dá cansaço mesmo é o panorama nacional. Muita gente pensa que fico irritado com as estripulias de petistas e assemelhados e se engana. Não é bem assim e acho até que vivemos, com o apagão aéreo, um episódio que se presta a exemplo e ilustração do que realmente mais deveria incomodar a todos. Senão vejamos: houve e provavelmente ainda haverá um caos no sistema de navegação aérea, mas nenhum dirigente das companhias que, juntamente com os usuários, foram e serão as mais prejudicadas teve coragem de vir a público esclarecer os fatos que envolvem a incompetência e a incúria do governo e suas estatais colonizadas pelo nepetismo. Quando uma delas, finalmente, cometeu um erro logístico importante, caiu o mundo e os mesmos apatetados representantes do governo reapareceram bravos, indignados com o desrespeito ao usuário, ameaçando a companhia com as sete pragas do Egito. Não há que ter dó, é o que realmente merecem, pois nesse tempo todo preferiram suportar a ira dos clientes, acumular débitos indenizatórios e processos, mas não emitir qualquer esclarecimento que pudesse melindrar os patéticos representantes do seu verdadeiro patrão: o governo.

Esse é apenas um exemplo mais momentoso, mas acontece a mesma coisa com os bancos que conhecem mazelas incontáveis do nosso poder público, mas preferem calar e educadamente ficar com os lucros. Da mesma forma, todo o alto empresariado exibe seu bom mocismo, fantasiando sobre quão pragmáticos são ao conviver sem preconceitos com um governo que “não é mais de esquerda” segundo os mais tolos. Assim como os arrombadores de residências aprenderam a ordenar aos moradores que carreguem seus bens para os próprios veículos, nos quais os bandoleiros irão evadir-se, os socialistas também aprenderam que é melhor deixar os engomadinhos burgueses esquentarem a cabeça dirigindo os próprios negócios, desde que o façam pagando e repassando impostos escorchantes, agindo com “responsabilidade social”, atendendo cotas, aturando todo tipo de fiscalização idiota, enfim, fazendo tudo o que o seu mestre mandar e, quem sabe, lhes permitem viver até com relativo conforto. No fundo, os burocratas estatistas sabem que mesmo uma iniciativa privada mutilada e submissa ainda funciona melhor do que se eles próprios tivessem que dirigir o negócio. Acabou a idéia inocente de expropriar os meios de produção; basta a regulamentação certa nas mãos dos burocratas certos.

Agora estamos todos assistindo às preciosas análises sobre mais uma sigla, o PAC – Plano de Aceleração do Crescimento. Pelo nome poderia ter sido bolado por algum endocrinologista infantil, mas não, trata-se de um amontoado de projetos recolhidos nas estatais, autarquias e ministérios, associados à brilhante idéia de usar fundos diversos para as metas que o governo deveria cumprir com o dinheiro que prefere direcionar para gastos correntes. Há algum tempo falava-se nas PPP. Toda vez que uma sigla dessas aparece na praça, boa parte do empresariado saliva, imaginando abocanhar projetos graças à iniciativa do governo. É interessante que não seja notado que a proposta, de fato, é direcionar dinheiro dos outros à maneira que convém ao Leviatã. Este governo, mais que qualquer outro, se contorce de desejo só de olhar para qualquer lugar onde haja recursos que estejam fora de alcance ou tenham alguma imunidade em relação à sua caneta: Fundo de Garantia, Fundos de Pensão, poupanças em geral e, principalmente, capacidade privada de investimento. Depois de enlaçar esses recursos em alguma PPP, PQP, PAC ou qualquer outro P, é fácil imaginar quem ditará todas as regras.

Lulla tem toda a razão do mundo em um ponto: a “zelite” brasileira é lamentável. Se assim não fosse, é verdade, ele já não estaria lá há muito tempo e nem faria parte dela. Trata-se de uma simbiose perversa. Não fico com raiva quando vejo um petista de carteirinha falando bem do presidente e tentando provar que este governo é o máximo. O que esperar dessa “raça”, como diria a Senador Bornhausen? Mas fico nauseado quando vejo a hipocrisia de políticos e empresários que falam com reverência de uma figura que sabem inteiramente despreparada para qualquer tarefa séria; fingem acreditar num governo que vive de malabarismos de palco, na esperança de reforçarem algumas condutas que julgam lhes serão benéficas. Nesse momento conquistam, concomitantemente, o desprezo dos petistas mais convictos e também o meu. Os primeiros os desprezam porque percebem uma evidente falta de caráter e, da minha parte, sinto o mesmo porque assumem o papel de atores coadjuvantes na tarefa de iludir a população e amesquinhar o país. Mesmo aqueles que acreditam, com seu colaboracionismo, poder minimizar perdas, não deveriam se iludir: estão, de fato, é dando fôlego à farsa.

No momento, uma parte do empresariado suspira pelo tal PAC, um número enorme de políticos espera participar do butim, e a imprensa se dedica aos exercícios lúdicos de interpretação a respeito das palavras do nosso iluminado líder. Ele lança frases de efeito ao sabor de cada ambiente e lá se vão os exegetas a decifrar os significados ocultos nas entrelinhas de uma porção de bravatas e lugares comuns; ele não decide e isso é tido como astuciosa estratégia; afirma algo sem sentido e ficam todos certos de que lhes lançou um enigma; muda o que dissera e tratava-se, então, de um arguto balão de ensaio. Declara num surto de sabedoria que, por exemplo, isto ou aquilo “não se resolve com passes de mágica”. Muitos se mostram impressionados ao ver como ele amadureceu!

Ao que parece, a vitória eleitoral para a qual tanto colaboraram os supostos opositores, não trouxe uma anistia apenas em relação à corrupção e aos escândalos, mas desobrigou-o também de qualquer respeito à lógica, aos números, ao senso comum, às verdades factuais etc. Que juntamente com os companheiros se regozije com isso é muito natural. Difícil é aceitar que do outro lado..., bem..., que outro lado?! Vou voltar para o meu Eça de Queiroz.

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