Mais um quadrilheiro denunciado
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Kamaradas
Mais um quadrilheiro (apontado como "filósofo"), com escritório no
Palácio do Planalto como secretário particular do presidente (que de
nada sabia), denunciado pelo Ministério Público como ladrão.
O kamarada Zé Dirceu não foi denunciado. Mas, como presidente do PT,
recebia o dinheiro e não perguntava de onde vinha. Um inocente,
coitado ...
Azambah
02 de março de 2007 - 19:48
MP pede bloqueio de bens do PT e de Gilberto Carvalho
Segundo promotores, chefe de gabinete de Lula estaria envolvido com
suposto esquema de propinas durante a gestão de Celso Daniel em
Santo André
Clarissa Oliveira e Fausto Macedo
Beto Barata/AE
Gilberto Carvalho
SÃO PAULO - O Ministério Público pediu judicialmente bloqueio de
bens no montante de R$ 5,3 milhões do PT e do filósofo Gilberto
Carvalho, secretário particular do presidente Lula, por suposto
envolvimento em esquema de propinas que teria operado na área de
transporte coletivo durante a administração Celso Daniel, prefeito
de Santo André assassinado em janeiro de 2002.
Por meio de ação civil pública, distribuída para a 7.ª Vara Cível do
Fórum de Santo André, os promotores Roberto Wider Filho, Adriana
Ribeiro Soares de Morais e Amaro José Thomé Filho sustentam que um
grupo de empresários e agentes políticos municipais violou a Lei de
Improbidade Administrativa.
Além de Carvalho e do PT são acusados solidariamente na ação os
empresários Sérgio Gomes da Silva - ex-segurança de Daniel -, Ronan
Maria Pinto, Irineu Nicolino Martin Bianco, Humberto Tarcísio de
Castro, Luiz Marcondes de Freitas Júnior, o ex-vereador petista
Klinger Luiz de Oliveira Souza, e a empreiteira Projeção Engenharia
Paulista de Obras.
Os promotores pedem, ainda, a condenação de Carvalho e aos demais
acusados a suspensão dos direitos políticos, perda da função pública
e o ressarcimento do Tesouro. Segundo os promotores, parte do
dinheiro que teria sido arrecadado ilicitamente abasteceu campanhas
eleitorais do PT. Eles estimam em R$ 5,3 milhões o valor do prejuízo
que teria sido causado à prefeitura de Santo André."O Partido dos
Trabalhadores recebeu parcela daqueles recursos, por isso não é
justo que fique fora da ação", anotou Wider.
Delitos contra administração
O promotor afirmou que Carvalho "agia em nome próprio e em função da
quadrilha; sua missão era encaminhar o dinheiro ao partido". A base
da ação é uma investigação aberta há cinco anos pelo Grupo de
Repressão ao Crime Organizado do ABC, braço do Ministério Público
que alega ter identificado prática de delitos contra a administração
pública e formação de quadrilha ou bando envolvendo funcionários
públicos da cúpula da prefeitura de Santo André.
Os promotores concluíram que os acusados "formaram uma quadrilha
determinada a arrecadar recursos através de achaques a empresários,
bem como através de desvio de dinheiro dos cofres públicos
municipais, conforme outras denúncias já ajuizadas, relativas a
contratos de obras públicas e de coleta e destinação final de lixo,
ambas recebidas judicialmente" .
Idealizador
Segundo o MP, Sérgio Gomes "idealizou a formação da sociedade
delinqüente, realizava tráfico de influência em favor da quadrilha e
era um dos destinatários dos recursos ilícitos, tendo sido,
inclusive, tesoureiro de campanha eleitoral do PT, sendo certo que,
em algumas oportunidades, arrecadou diretamente parte do dinheiro".
A ação descreve a participação de Gilberto Carvalho, que foi
secretário de governo de Celso Daniel. "Ele concorreu de qualquer
maneira para a prática dos atos de improbidade administrativa na
medida em que transportava o dinheiro da propina arrecadado em Santo
André para o PT", destaca a promotoria.
Dirceu
O ex-deputado José Dirceu, na época presidente do PT, é citado no
texto da ação, mas não é acusado pelo MP. "Todos os recursos
auferidos pela quadrilha, na concepção do finado prefeito Celso
Daniel, deveriam financiar campanhas eleitorais do PT, tanto em
âmbito municipal e regional quanto em âmbito nacional", assinalam os
promotores.
"O dinheiro amealhado era, em parte, separado e entregue a Gilberto
Carvalho, que o transportava, em seu veículo particular, ao
escritório de José Dirceu, que recebia os recursos ilícitos em
espécie, na qualidade de presidente do PT, para o financiamento de
campanhas do interesse daquela agremiação." O MP afirma que os
acusados "ao exigirem propina, agiram com a clara intenção de
locupletar-se e abastecer o PT de recursos não contabilizados".
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