I M P U N I D A D E - VERGONHA NACIONAL

É INACEITÁVEL QUE A IMPUNIDADE E A VIOLÊNCIA SEJAM TRANSFORMADAS EM VALORES LEGÍTIMOS DO MORAL NACIONAL*** Não existe democracia onde não existe segurança do Direito com Soberania, Paz Social, Progresso, Integração Nacional e Integridade do Patrimônio Nacional.

20070225

Lúcio Catilina, herói brasileiro?


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25 de fevereiro de 2007
Por Ralph J. Hofmann (*)

"Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência?"

No Brasil, ao menos na minha infância, o ensino de história mundial era muito superficial. Quanto a Roma apenas aprendíamos o estritamente essencial. Sabemos que Cícero orou ao senado, nas Catilinárias, para defender Roma de traidores mas não conhecemos detalhes.

Transcrevo abaixo notas do historiador Voltaire Schilling sobre os dias que Roma atravessava quando Cícero, o Consul principal levantou-se e dirigiu-se aos senadores reunidos.

A diferença entre Catilina e o atual regime brasileiro é que Catilina, claramente um vilão, que se cercava de sicários e percorria arrogantemente as ruas de Roma, empurrando e golpeando os transeuntes, não estava no poder. Mas há um pontos comuns. Tentava pressionar seus colegas de senado, com ameaças veladas. E à época as instituições republicanasromanas estavam recém voltando a se impor. Lúcio Catilina desejava restabelecer uma ditadura, preferivelmente no papel de cônsul. Para tanto conspirava e se cercava de conspiradores. Seus amigos e sequazes eram de conhecida pobreza moral.

Aqui o poder se cerca de sequazes, favorece os corruptos e corrompe quem possa, conspirando contra a solidificação das instituições democráticas.

Mas a leitura do trecho abaixo decididamente descreve uma situação bastante próxima ao que vislumbramos aqui.
A conjuração

Era voz corrente pela cidade que Catilina, impudente, exalando atrocidades e crimes, estava maquinando uma das suas. Planejava uma arremetida direta contra as instituições. Para tanto cabalava junto a escumalha humana que compunha o lumpesinato urbano, gente sem eira nem beira, perdidos que bem pouco tinham a perder ao envolver-se numa aventura revolucionária. Era o abraço da ambição de um Catilina falido com a grande miséria dos muitos. Se insurgidos, provocariam um aluvião de sangue.

Não o conseguiram porque Cícero, cônsul, com coragem solitária, brecou-lhes o chefe em pleno Senado com seu vozeirão de advogado do rostro (tribuna situada no Foro romano de onde os oradores arengavam ao povo). Ele mesmo, uns dias antes, por pouco escapara de uma tentativa de assassinado dos sicários a mando de Catilina. Cícero contra-atacara colocando os seus para seguirem os passos dos desordeiros, terminando desta maneira por descobrir a extensão da conjura que revelou-se bem mais vasta do que inicialmente imaginava, chegando inclusive a coletar os nomes dos principais cabecilhas: Mânlio, Lêntulo e Cetego, todos conluiados com Lúcio Sérgio no atentado às instituições. Um ar pesado, de chumbo, dominava Roma naqueles dias que prenunciavam o golpe.

Os desatinados pareciam ter escondido palha seca em cada canto da cidade, em seus esconsos e porões, para tocar fogo em tudo na hora a combinar. Era certo que o incêndio viria. Tanto assim que a data de 26 das Calendas de Outubro fora aquela fixada para um ataque geral contra as famílias patrícias, fazendo com que muitas delas, ao ouvir falar, temerosas, saíssem de Roma procurando abrigo nas suas herdades campestres bem afastadas da cidade. Entrementes, Catilina com seu bando ia e vinha pelas ruas impune, saboreando o medo que causava.

As Catilinárias

Foi então que num daqueles dias de agitação ele foi ao Senado. Tal uma mente criminosa que se delicia com o pavor que causa, sentou-se nas arcadas. Agiu no senado como se tivesse jurado a morte dos presentes, olhando um por um nos olhos antes de lançar-lhes o dardo mortal. Deu-se então que Cícero, exasperado com exibicionismo, arrogância e descaramento do conspirador, postou-se bem em frente a ele e disse bem alto para que todos ouvissem:

"Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há-de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há-de precipitar a tua audácia sem freio? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda noturna da cidade, nem os temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores, nada disto conseguiu perturbar-te? Não sentes que os teus planos estão à vista de todos? Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem? Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, em que local estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas. Ó tempos, ó costumes!"

Se todos sabiam do andamento da conspiração porque razão a permitiam? Cícero atribuía tal leniência dos seus colegas à incerteza que pairava sobre a cabeça dos pais conscritos. Muitos deles tinham dúvidas da veracidade dos boatos e da intensidade das ameaças que cercavam o nome de Catilina. Ou simplesmente estavam acovardados pelo insolente. O orador também computou a brandura com que o sedicioso era até então tratado como resultado da tolerância do senado atual, do tempo de Cícero, em relação à tradição antiga. Em épocas mais remotas a assembléia patrícia, imbuída de grande disciplina moral, era muito mais rigorosa nas questões de sedição, não hesitando em ser implacável com quem ousasse erguer-se contra as tradições da cidade, como fora o caso dos Graccos, ou do tribuno L.Saturnino ou ainda de Spúrio Melo (supliciados e executados pelas autoridades), acusados de crime de lesa-república.



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