Marta Suplicy, encruzilhada de risco para o presidente e o PT

Marta é um suplício para o presidente. Se nomeá-la ministra, seu mandato não chega até o final. A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, que se tornou conhecida com a abertura política e imoral como sexóloga da TV brasileira, não entendeu que o presidente Luiz Inácio da Silva não deseja ser indelicado, não tem pressa de anunciar o novo ministério e tem dado mostras de desinteresse em contar com a sua colaboração. A sua maior adversária chama-se Marisa Letícia que quer vê-la longe do seu marido. Nos bastidores da política e do terceiro andar do Palácio dos Enfeites, várias são as razões contra-indicando a nomeação de Marta para o Ministério da Educação, Trabalho ou outro qualquer. A ex-prefeita deixou rastros na sua passagem pela Prefeitura de São Paulo que não devem dar margem O muito próspero casal ainda deseja um ministério. à imprensa levantar a poeira da corrupção. Basta lembrar que as irregularidades, o conseqüente abafo da divisão dos transportes coletivos e outros rolos mais, lhe renderam expressivos investimentos, dentro e fora do país. Outro fator que complicaria sua investidura como ministra é o fato do seu consorte Luis Favre, muito complicado em sua vida de negócios privados, ser visto como um nefasto chupim do governo de Luiz Inácio da Silva e do PT. São muito conhecidas suas transações em nome do presidente, com resultados financeiros extraordinários. Felipe Belisario Wermus, franco argentino trotskista, sanguessuga do PT, sob a alcunha Luis Favre em todas as rodas sociais e de "negócios" , tem suas atividades na Argentina, no Brasil e na Paris, a cidade luz, guarda no escuro de seus arquivos registros de vultuosas recompensas de empreiteiras brasileiras. Vive la France! França, muito bem registradas em setores especializados dos governos. Em Paris, a sua movimentação e articulações estão muito bem guardadas nos sistemas centrais da Justiça e de Informações. A Interpol está bastante familiarizada com Luis Favre pelo uso de passaportes diferenciados. Suspeita-se da posse de passaporte da República do Brasil, conferindo-lhe privilégios especiais. O presidente está certo. Seria de bom alvitre, pelo seu desejo de acertar no segundo mandato, evitar desconfortos de petistas e suas falcatruas, que o fizeram encerrar um mandato manchado pela negligência de suas próprias mãos. Dona Marta deve se contentar com a sua indústria de xaxim de côco, de bandeira francesa, e fazer compras no seu shopping particular em Paris, bem mais lucrativos que os dividendos da tentação de posto ministerial. A dívida do Partido dos Trabalhadores, R$ 50 milhões, é inexpressiva e poderá ser zerada a qualquer momento. Basta que Ricardo Berzoini consiga fazer a cabeça do presidente da República para emplacar Marta Suplicy no ministério. Luis Favre, em dobradinha com Duda Mendonça, poderá assegurar os dinheiros para zerar o caixa do Partido dos Trabalhadores. Está tudo combinado, é o risco da encruzilhada. (Por Orion Alencastro-OI/Brasil acima de tudo)