Grupos terroristas contemporâneos
por Carlos I.S. Azambuja em 15 de março de 2007
Resumo: Não é fácil compilar uma lista de grupos terroristas ativos nos dias atuais. A composição, em termos mundiais, jamais permanece estática.
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Não é fácil compilar uma lista de grupos terroristas ativos nos dias atuais. A composição, em termos mundiais, jamais permanece estática. Existem organizações de vulto com lideranças dinâmicas e estratégias consistentes. Algumas permanecem “em operações” por muitos anos e as instituições que as combatem as conhecem muito bem. Há também organizações pequenas, cuja direção, efetivos, motivação e ações políticas variam bastante. A lista abaixo – derivada do Instituto Internacional de Política Contra-terrorismo em Herzliya, Israel, e publicada em dezembro de 1999 – não tem nada de definitivo, mas possibilita uma boa idéia da diversificação e espraiamento do terrorismo contemporâneo. A lista enumera as organizações e sua afiliação nacional ou país em que estão sediadas.
Alguns grupos guerrilheiros estão incluídos nesta relação pois, com o decorrer do tempo, transformaram-se em grupos terroristas, explodindo bombas em locais públicos, utilizando carros-bomba, cavalos-bomba, cachorros-bomba e seqüestrando pessoas, como as FARC e o ELN colombiano.
Organização Afiliação Nacional
ou País sede
Al-Gama’a al-Islamyia (Grupo Islâmico –G1) Egito
Al-Qaeda (A Base) Afeganistão
Aum Shiryinko Japão
Brigadas Vermelhas Itália
Chukaku-Ha (Núcleo ou Facção Central) Japão
Comissão Nestor Paz Zamora (CNPZ) Bolívia
Eta Basca Espanha
Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia Colômbia
Exército Republicano Irlandês (IRA) Irlanda do Norte
Exército Vermelho Japonês (EVJ) Japão
Facção do Exército Vermelho Alemanha
Fatah-Conselho Revolucionário (Organização Abu Nidal) Líbano
Força de Voluntários Unionistas (LVF) Irlanda do Norte
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) Colômbia
Frente de Luta Popular (FLP) Síria
Frente de Libertação Palestina (FLP) Iraque
Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) Palestina
Frente Popular para a Libertação da Palestina-Comando Geral Palestina
Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP) Palestina
Frente Patriótica Manuel Rodriguez (FPMR) Chile
Frente Patriótica Moranzanista (FPM) Honduras
Grupo Abu Sayyaf (GAS) Filipinas
Grupo Islâmico Armado (GIA) Argélia
Grupo Jihad (Jihad Islâmica) Egito
Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) Palestina
Harakat ul-Ansar (HUA) Paquistão
Hezbollah (Partido de Deus) Líbano
Ira Real (RIRA) Irlanda do Norte
Jamaat ul-Fuqra Paquistão
Jihad Islâmica Palestina (JIP) Palestina
Kach e Kahane Chai Israel
Luta Revolucionária Popular (LRP) Grécia
Movimento Lautaro da Juventude (MLJ) Chile
Movimento Revolucionário Tupac-Amaru (MRTA) Peru
Novo Exército Popular (NEP) Filipinas
Organização Mujahedin-e Khalq (MEK ou MKO) Irã
Organização Revolucionária 17 de Novembro Grécia
Partido da Kampuchea Democrática (Khmer Vermelho) Camboja
Partido dos Trabalhadores Curdos (PTC) Turquia
Partido Popular Revolucionário de Libertação/Front (DHCP/F) Turquia
Quiba e Povo contra Banditismo e Drogas (PAGAD) África do Sul
Sendero Luminoso Peru
Tigres de Libertação de Tamil Eclam (TLTE) Sri Lanka
Terrorismo patrocinado pelo Estado
Durante muitos anos, o terrorismo foi percebido como uma contenda entre dois lados: um grupo de pessoas ou organização versus um Estado soberano. Contudo, ao longo da segunda metade do século XX, vários países começaram a usar organizações terroristas para promover os interesses desses Estados na arena internacional. Em alguns casos, os Estados estabeleceram organizações terroristas “fantoches”, cuja missão é agir em nome do Estado patrocinador, avançar os interesses do mesmo e representar suas posições no front doméstico ou regional. Noutros casos, Estados patrocinam organizações existentes com base em interesses mútuos.
O Estado promotor proporciona à sua organização terrorista beneficiária apoio político, assistência financeira e patrocínio necessário para a manutenção e expansão da luta. Tal organização é empregada para perpetrar atos de terrorismo como meio de alastrar pelo mundo a ideologia do Estado ou, em alguns casos, o patrocinador espera que, no fim, a beneficiária assuma o controle do Estado onde opera ou difunda sua ideologia por parcelas significativas da população.
O terrorismo patrocinado pelo Estado pode alcançar objetivos estratégicos onde o emprego das Forças Armadas é fraco ou não é conveniente. Os altos custos da guerra convencional e as preocupações com a escalada da não-convencional, bem como o risco da derrota e a relutância em posar como agressor, transformaram o terrorismo em arma eficiente, vantajosa e geralmente discreta para a consecução dos interesses do Estado no domínio internacional.
Os seguintes Estados são geralmente reconhecidos como patrocinadores de atividades terroristas de âmbito internacional.: Irã, Iraque, Líbano, Líbia, Sudão e Síria.
Whittaker, David J., Terrorismo, Um Retrato, Biblioteca do Exército, 2005, resumo das páginas 68 a 72
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