Nada a acrescentar,,,ou,,,pensando melhor, algo a acrescentar
Nada a acrescentar,
ou,
pensando melhor, algo a acrescentar
ROBERTO FENDT*
Caro leitor, já lhe ocorreu alguma vez estar na situação em que alguém diz uma coisa que você sempre quis dizer, com tamanha economia de palavras, com tamanha precisão, dizendo, em uma frase, o que talvez nos exigisse um parágrafo inteiro, indo e vindo, usando diversos conceitos, e no final de tudo, continuasse insatisfeito com a verbalização da sua idéia?
Pois é, leitor, comigo isso acontece com freqüência. Escrevo pelo menos quatro vezes por semana, dou palestras, converso, discuto. Às vezes tenho sorte, mas nunca fui capaz de dizer com tamanha precisão a singela frase que acabo de receber de amigo querido, residente em Israel, e que me chama a atenção para o seguinte texto de Millôr Fernandes, publicado na edição da revista Playboy que está nas bancas:
“A luta armada não deu certo e eles agora pedem indenização? Então eles não estavam fazendo uma rebelião, mas um investimento.”
Pois é, leitor, como disse antes, não há nada a acrescentar. É coisa de gênio.
Pensando melhor, há uma coisa a acrescentar, da lavra de outro querido amigo, blogueiro contumaz. Comentando a mesma frase, disse:
“Veja que interessante: nossos ex-terroristas recebem gordas indenizações por terem perdido a luta (constatação do Millôr) e ocupam altos cargos na Administração Pública, mas, ao mesmo tempo, a nossa Polícia Federal encarcera com estardalhaço um ex-terrorista italiano. Isto é Brasil!”
É isso aí.
*Vice-presidente do Instituto Liberal
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