I M P U N I D A D E - VERGONHA NACIONAL

É INACEITÁVEL QUE A IMPUNIDADE E A VIOLÊNCIA SEJAM TRANSFORMADAS EM VALORES LEGÍTIMOS DO MORAL NACIONAL*** Não existe democracia onde não existe segurança do Direito com Soberania, Paz Social, Progresso, Integração Nacional e Integridade do Patrimônio Nacional.

20070320

No Brasil, ser de esquerda é não ser direito


No Brasil, ser de esquerda é não ser direito

(*) Ucho Haddad

Diante da onda de moralismo que emana do Palácio do Planalto, não seria uma total irresponsabilidade imaginar que o Brasil passou a trilhar o caminho da retidão. Quando Lula alegou desconhecer os imbróglios judiciais do ex-futuro ministro da Agricultura, Odílio Balbinotti – é deputado federal pelo PMDB paranaense – muitos continuaram acreditando em uma lufada de inocência que paira sobre a Esplanada dos Ministérios, como se todos os que ela freqüentam fossem querubins medievais. Na verdade, para passar mais uma vez a borracha virtual em um governo marcado pela corrupção, Lula e seus assessores agiram de caso pensado. Levaram Balbinotti à fervura, cientes do que estavam fazendo. Daqui por diante, Lula terá mais um ingrediente para anunciar aos brasileiros quando algum caso de corrupção espocar no entorno palaciano.

Quando a ditadura militar transformou-se em tônica da política tupiniquim, e em tal condição permaneceu por duas décadas, muitos questionaram o golpe de 64, mas é preciso lembrar, sem descriminalizar os plúmbeos porões da época, que o Brasil vivia um processo de dupla escolha. Um golpe de direita, ou um golpe de esquerda. Perdedora, a esquerda xavantina teve tempo suficiente para se organizar no exílio, sempre de maneira inexplicável em relação aos custos financeiros de tal organização, para, mais tarde, chegar ao poder com um projeto de perpetuação no bolso. E sonha quem acha que ficar para sempre não é o sonho político da esquerda.

Toda e qualquer ideologia política exibe uma multiplicidade interpretativa, e com o comunismo não poderia ser diferente. Durante décadas a fio, os inimigos da esquerda sempre alardearam que comunistas comiam criancinhas. Besteira de primeira ordem, tal teoria serviu apenas para desacreditar aqueles que defendiam a tese do tudo igual para todos, o que nem sempre freqüentou, e nem mesmo freqüenta, o cotidiano dos chamados líderes da esquerda. Queiram ou não os mais céticos, somente com a igualdade social é que a democracia atinge o seu ápice como modelo político. Quando se fala em comunismo é preciso permitir ao pensamento uma viagem pela teoria de que o mercado não pode se sobrepor à sociedade. E tal conceito esquerdista é válido para qualquer modelo político em vigência. Até mesmo o mais tirano dos ditadores carece de ferramenta tão pacifista e anestesiante. Tanto é assim, que o Bolsa Família, irresponsável programa assistencialista do governo Lula, tem funcionado como indutor de cidadãos desavisados, o que não significa, nem mesmo de longe, que a igualdade social campeia pelos rincões do Brasil.

No contraponto, se o comunismo teórico e conceitual defende a não sobreposição do mercado à sociedade, o esquerdismo prático, sempre emoldurado pelo populismo desmedido, permite sandices que servem como cornucópias daqueles que, por jamais terem comido melado, agora nele se lambuzam. Mas se a direita se lambuzou, à esquerda é devido o mesmo direito. Nos palanques e tribunas da política nacional é comum ouvir ataques às atitudes passadas da direita, como se fosse um bando de criminosos, enquanto seus atuais algozes fossem odes à probidade e à inocência.

Sempre que algum esquerdista é jogado nas flamejantes labaredas da opinião pública, não faltam defensores de plantão para exalar o discurso pronto de que os meios justificam os fins. Ou seja, trouxeram aos dias de hoje o velho e pictórico Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Quem mergulha nas páginas de “O LIVRO NEGRO DO COMUNISMO” logo percebe que a história se repete, e que o primeiro e único comunista da face da Terra foi um cabeludo sonhador que sob túnicas caminhava pela Galiléia. De lá para cá, todos os que se arvoraram pelo pseudo-comunismo apenas fizeram da ideologia política uma espécie de trincheira para suas criminosas roubalheiras.

Logo nas primeiras páginas de “O LIVRO NEGRO DO COMUNISMO”, uma citação nos traz de volta à realidade brasileira: “Ora, a responsabilidade é freqüentemente um fardo pesado a ser carregado. [...] A atração pelo sistema totalitário, experimentada inconscientemente por numerosos indivíduos, provém de um certo medo da liberdade e da responsabilidade – o que explica a popularidade de todos os regimes autoritários (é a tese de Erich Fromm em ‘O Medo da Liberdade’), o que existe é uma ‘servidão voluntária’, já dizia La Boétie”.

Sem a estrita capacidade de ser responsável, a massa dominada pelos modelos políticos totalitaristas se sentem cada vez mais confortáveis com a passividade que assume, pois, do contrário, Cuba teria se transformado no maior estaleiro de balsas de final de semana. Quanto mais ignorante é um povo, maior é a sensação de incapacidade diante da obrigação de ser responsável perante a vida e a nação. De tal modo, programas sociais podem funcionar como éter de uma consciência já dominada por uma teoria política criminosa, que só faz aumentar o patrimônio daqueles que a manipulam.

Em 2003, quando estreava como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva se vendeu de maneira enganosa aos brasileiros, pois em seu discurso estava claro a predominância de um engodo totalitarista que teve a Revolução de Outubro de 1917 como ponto de partida. “Diante do esgotamento de um modelo que, ao invés de gerar crescimento, produziu estagnação, desemprego e fome; diante do fracasso de uma cultura do individualismo, do egoísmo, da indiferença perante o próximo, da desintegração das famílias e das comunidades; diante das ameaças à soberania nacional, da precariedade avassaladora da segurança pública, do desrespeito aos mais velhos e do desalento dos mais jovens; diante do impasse econômico, social e moral do País a sociedade brasileira escolheu mudar e começou ela mesma a promover a mudança necessária”, afirmou o presidente Luiz Inácio.

No parágrafo seguinte de “O LIVRO NEGRO DO COMUNISMO”, confirma-se de maneira inconteste tal teoria: “A cumplicidade daqueles que enveredaram na servidão voluntária não foi – e continua não sendo – abstrata e teórica. O simples fato de aceitar e/ou assumir uma propaganda destinada a esconder a verdade demonstrava e continua demonstrando uma cumplicidade ativa. Pois tornar público é o único meio de lutar contra os crimes de massa cometidos em segredo, protegidos dos olhares indiscretos”.

Avançando em seu discurso de posse, Lula mostrou-se como um feroz e implacável exterminador da corrupção ao afirmar: “O combate à corrupção e a defesa da ética no trato da coisa pública serão objetivos centrais e permanentes do meu governo. É preciso enfrentar com determinação - e derrotar - a verdadeira cultura da impunidade que prevalece em certos setores da vida brasileira. Não permitiremos que a corrupção, a sonegação e o desperdício continuem privando a população de recursos que são seus e que tanto poderiam ajudar na sua dura luta pela sobrevivência. Ser honesto é mais do que apenas não roubar e não deixar roubar. É também aplicar com eficiência e transparência, sem desperdícios, os recursos públicos focados em resultados sociais concretos”. Ou seja, além de ter o vermelho como identidade cromática, o comunismo é vergonhosamente negro por conta de uma mitomania incorrigível, o que faz parte das cartilhas bolcheviques.

A sempre presente retórica dos emissários palacianos defende, via de regra, a legitimidade do mandato do presidente Lula – o que é incontestável – mas recorre repetidas vezes aos crimes cometidos por antecessores, como forma de justificar os que atualmente cometem os seguidores de Lula e do PT. Na verdade, muito diferente do que foi a ruidosa Revolução de Outubro de 1917, que levou ao abismo econômico uma então progressista sociedade russa, o que Lula e seus seguidores tentam emplacar no Brasil é uma cópia mal feita do que ocorreu na Rússia dos czares. Ou seja, quando o esquerdismo xavante ataca as chamadas elites, se dá ao trabalho doloroso do autoflagelo político, pois o comunismo – socialismo ou esquerdismo, como queiram – nada mais é, como sempre foi, do que um atalho para a criação de novas elites.

Muito se discute sobre a existência do Foro de São Paulo, mas a cada novo dia que surge fica clara e evidente a existência do pacto latino de relançar mundialmente o comunismo, tendo a América Latina como plataforma de lançamento. Considerando que a esquerda latina criou uma espécie de Komintern, ao presidente Hugo Chávez coube o papel – como ainda lhe cabe – de papagaiar o famoso slogan do Manifesto do Partido Comunista (1948), da cepa de Karl Marx: “Proletários de todos países, uni-vos!”. E é exatamente na vertente do proletariado que Lula e Chávez disputam o direito da entronização.

Voltando aos problemas nacionais, vale lembrar que as zonas obscuras do governo de Luiz Inácio Lula da Silva permanecem numerosas, o que tem levado a “inteligentsia” brasileira à reflexão contínua. A obscuridade maior não é a que domina os tantos escândalos de corrupção, mas o comportamento apático e passivo de uma sociedade que permite o exercício da violência, a qual nem de longe lembra os crimes cometidos na União Soviética, época em que os desafetos do regime morriam de maneira inexplicável ou eram contemplados com longas é gélidas férias (sic) na Sibéria. O anunciado crescimento nacional, do qual Lula tem se valido ultimamente vale para permanecer no posto, simplesmente irá de roldão por conta de uma passividade social que será cobrada pelas gerações futuras, pois, a exemplo do que ocorreu na Rússia pós-União Soviética, o depauperamento da nação causará estagnação econômica, sempre camuflada por uma pujança de encomenda.

Os regimes comunistas sempre fizeram do segredo uma de suas mais privilegiadas estratégias de defesa. E o governo do presidente Lula não foge à regra, pois alegar desconhecimento é a frase pronta que a tosca assessoria palaciana sempre se vale quando algum assunto escandaloso açoita um projeto de poder totalitarista e criminoso. O maior dos segredos desse amoralismo que toma conta do Brasil está no literal abandono do engajamento público, e dele devemos tirar uma lição.

A máquina pública federal está vergonhosamente partidarizada, patrocinando a um país com dimensões continentais, e problemas de igual proporção, uma ineficiência jamais vista. Ministro do governo Lula comandou rede de propinas e cooptação de parlamentares. Deputados foram flagrados assaltando o erário, mas alguns arrancaram das urnas um novo mandato. Ciente da impunidade, aliado do presidente Lula invadiu e depredou a Câmara dos Deputados. O sigilo bancário de um humilde e corajoso caseiro foi criminosamente violado. Do nada surgiu o dinheiro que seria utilizado na compra de documentos, e de igual maneira sumiu da memória do povo.

E qual lição se pode tirar de mais um triste período da política nacional? No Brasil, ser de esquerda é não ser direito.

(*) Ucho Haddad, 48, é jornalista investigativo, colunista político, poeta e escritor. Editor do www.ucho.info, é articulista do site do jornalista esportivo Wanderley Nogueira (www.wanderleynogueira.com.br), do Inforel (www.inforel.org) e da Gazeta do Oeste (http://gazetaoeste.com.br)

Links indicados

Powered by Blogger

L I N K S

impUNIDADE

info impunidade

info impunidade i

serviço ao eleitor

VOTO CONSCIENTE

cmrj 63

IMORTAIS GUERREIROS

ucho.info

Alerta Total

Coturno Noturno

grupoguararapes

ternuma.

Brasil acima de tudo

salve a patria

Christina Fontenelle

NOSSA VOZ - INFOMIX II

CRISE AÉREA

A CRISE DAS VAIAS

notalatina

inconfidencia

Contas Abertas

RATIO PRO LIBERTAS.

XÔ CPMF!!!

Amazônia para Sempre

Ordem e Vigilia Contra Corrupcao

Deputado Aleluia

Sen Alvaro Dias

Sen Josse Agripino

Sen Arthur Virgílio

DIEGO CASAGRANDE

Reinaldo Azevedo

Claudio Humberto

BLOGANDO FRANCAMENTE

ATÉ QUANDO????

LABRE: Legalidade

Kibe Loco

Domínio Público - Pesquisa

Blog do Diego

incorreto

VIDEO I

VIDEO II

ATAS do Foro de São Paulo

Video FSP
FSP I
FSPII
FSPIII
prova_cabal

MADRAÇAIS DO MST

SAIBA MAIS SOBRE O FSP

A GUERRILHA DO ARAGUAIA

GRUPO GUARARAPES

A VERDADE SUFOCADA

Powered by Blogger

Powered by Blogger

Powered by Blogger

ARGUMENTO

VOTO SEGURO

APADDI

MOVIMENTO CORRUPÇÃO ZERO

Powered by Blogger

RATIO PRO LIBERTAS

ALERTA TOTAL

COTURNO NOTURNO

INCORRETO

RBS

CPI

SENADO FEDERAL

TRANSPARÊNCIA BRASIL

CAMARA DOS DEPUTADOS

RIO SEM LEI

CMRJ 63

.

IMPUNIDADE

VERGONHA NACIONAL

AVISO: As publicações com assinatura são de responsabilidade exclusiva de seus autores e podem ser reproduzidos com a citação da fonte