SARNEY NA DEFESA
SARNEY NA DEFESA - Fonte: www.notibras.com.br
O presidente Lula vai colocar José Sarney no Ministério da Defesa.
Sondado, o ex-presidente aceitou a missão, mas pediu que a pasta seja
reestruturada, passando a atuar como um dos eixos da política industrial
e oriente de fato os comandos das três Forças - Exército, Marinha e
Aeronáutica.
Lula incluiu a reformulação do Ministério da Defesa em sua agenda de
conversas com o PT, mas não ofereceu o cargo nem pediu indicações para o
lugar de Pires, segundo dirigentes do partido. O presidente também não
deixou claro se a substituição de Pires fará parte da reforma
ministerial em curso ou ficará para uma próxima etapa.
O Ministério da Defesa tem uma despesa prevista de R$ 38 bilhões no
Orçamento de 2007, a maior parte para pagamento de pessoal ativo e
inativo. Apenas R$ 1,9 bilhão estão previstos na rubrica
"investimentos". O Exército controla a estatal Indústria de Material
Bélico (Imbel).
"O presidente quer criar um verdadeiro Ministério da Defesa, levando em
conta as características de um País capitalista no qual é muito grande a
presença do Estado", disse um dirigente do PT que participou de
discussões sobre o tema.
Lula também conversou sobre a Defesa com aliados de outros partidos. Em
janeiro, dirigentes do PP apresentaram a ele uma proposta de política
industrial e tecnológica voltada para as necessidades das Forças
Armadas. Eles lembraram a Lula que países como a França e os Estados
Unidos utilizam as encomendas militares para impulsionar setores da
economia e desenvolver tecnologias que se incorporam à vida civil e aos
negócios.
O programa de governo da campanha da reeleição de Lula, em 2006, assume
o compromisso de "reconstruir a indústria bélica nacional, de forma
articulada com os países da América do Sul". Os vizinhos são vistos pelo
governo Lula como mercado potencial e parceiros complementares na
produção e comércio de material bélico.
O programa de governo também aponta a necessidade de "concluir o
processo de institucionalização do Ministério da Defesa". A estrutura
criada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estaria mantendo os
comandos militares como unidades autônomas, segundo os críticos, sem um
comando civil efetivo.
O primeiro ministro da Defesa de Lula, o diplomata José Viegas, tentou
iniciar esse processo, mas caiu, em 2004, numa sucessão de atritos com
comandantes militares e também na área política. O ex-governador Waldir
Pires (PT) chegou ao Ministério da Defesa no dia 31 de março do ano
passado, substituindo o vice-presidente José Alencar, que precisava
deixar o cargo para disputar a reeleição, como exige a lei.
Lula tem procurado preservar Pires do desgaste com a crise do tráfego
aéreo, desencadeada em outubro passado a partir de um movimento
reivindicatório dos controladores de vôo, subordinados ao Comando da
Aeronáutica. O presidente considera o ministro mais vítima do que
responsável pelos transtornos nos aeroportos. No auge da crise, em
dezembro, Lula avisou que Pires não deixaria o governo sob acusações,
segundo um ministro político.
Da REDAÇÃO com Agências
Notibras é marca registrada da Empresa Jornalística José Seabra Neto.
Todos os direitos reservados.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home