I M P U N I D A D E - VERGONHA NACIONAL

É INACEITÁVEL QUE A IMPUNIDADE E A VIOLÊNCIA SEJAM TRANSFORMADAS EM VALORES LEGÍTIMOS DO MORAL NACIONAL*** Não existe democracia onde não existe segurança do Direito com Soberania, Paz Social, Progresso, Integração Nacional e Integridade do Patrimônio Nacional.

20070731

Edição de hoje



"Quando os HOMENS vivem sem uma AUTORIDADE para impor RESPEITO, a VIDA se transforma numa GUERRA de todos contra todos! Não há lugar nem para o TRABALHO, pois seus frutos são incertos. E o que é pior : haverá sempre o MEDO e o GRANDE RISCO da morte violenta. A VIDA do HOMEM se torna pobre, triste, sem esperanças, BRUTA, e curta!"* THOMAS HOBBES *


Quem ocupa um cargo publico e faz apologia à IMPUNIDADE não respeita o cargo nem a si próprio, logo não merece respeito e NO MÍNIMO deve ser sempre apupado.


Notícias de Jornal Velho: Compreendendo a Guerra da Quarta Geração
por William Lind em 26 de julho de 2007

Resumo: Quando o assunto é a guerra da Quarta Geração, parece que ninguém na força militar americana compreende.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Introdução – Cinco anos depois William Lind aplica à guerra do Iraque os conceitos desenvolvidos no artigo anterior A Face Mutável da Guerra: Rumo à Quarta Geração, possibilitando um melhor entendimento dos conceitos.

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Ao invés de fazer comentários específicos sobre a guerra no Iraque, acho que é uma boa ocasião para traçar um modelo que busque entender este e outros conflitos. Esse trabalho é a guerra moderna da quarta geração.

Eu desenvolvi os modelos das três primeiras gerações (“geração” tem como significado mudança dialética qualitativa) nos anos 1980; quando eu estava trabalhando para apresentar a guerra de manobra para o Corpo de Fuzileiros Navais, eles insistiam em perguntar “Como será a guerra da quarta geração?” e eu comecei a pensar sobre o assunto. O resultado foi a co-autoria do artigo para a Marine Corps Gazette, em 1989 “The Changing Face of War: Into the Fourth Generation". Nossas tropas encontraram cópias dele nas cavernas de Tora Bora, o esconderijo da Al Quaeda no Afeganistão.

As quatro gerações começaram com a Paz da Westphalia em 1648, o tratado que encerrou a Guerra dos Trinta Anos. Com o Tratado de Westphalia, o estado estabeleceu o monopólio da guerra. Antes disso, muitas entidades travaram guerras – famílias, tribos, religiões, cidades, empresas de negócio – usando muitos meios diferentes, não apenas o Exército e a Marinha (dois desses meios, suborno e assassinato estão em voga novamente). Hoje, os militares têm dificuldade para imaginar qualquer outra forma de guerra que não sejam tropas militares oficias de Estados contra semelhantes adversários.

A primeira geração da Guerra durou aproximadamente de 1648 até 1860. Essa era uma guerra de táticas em fileiras e colunas onde as batalhas eram formais e o campo de batalha tinha uma ordem bem definida. A relevância da primeira geração nasce do fato de um campo de batalha em ordem criar a cultura militar da ordem. A maioria dos elementos que distinguem “militares” de “civis” – uniformes, saudações, graduações ou patentes – foram produtos da Primeira Geração e têm a intenção de reforçar a cultura da ordem.

O problema é que, pela metade do século XIX, a ordem no campo de batalha começou a desaparecer. Imensos exércitos, soldados que realmente estavam dispostos a lutar (o principal objetivo de um soldado do século XVIII era a deserção), rifles mosquetes de cano liso, depois de cano estriado, e metralhadoras, fizeram com que as táticas de fileiras e colunas se tornassem primeiro obsoletas e depois suicidas.

O problema desde então tem sido a crescente contradição entre a cultura militar e a crescente desordem no campo de batalha. A cultura da ordem que já foi coerente com o meio em que operava tornou-se cada vez mais estranho a ele.

A guerra da Segunda Geração foi uma resposta a essa contradição. Desenvolvido pelo exército francês durante e depois da I Guerra Mundial, ele procurou uma solução através do poder de fogo em grande escala, a maior parte deste vindo do fogo indireto desferido pela artilharia. O objetivo era o atrito e sua doutrina foi resumida pelos franceses como, “A artilharia conquista, a infantaria ocupa”. O poder de fogo centralmente controlado era cuidadosamente sincronizado, usando planos e ordens detalhados e específicos, para a infantaria, tanques, e a artilharia, em uma “batalha organizada” onde o comandante era de fato o regente de uma orquestra.

A guerra da Segunda Geração veio como um grande alívio para os soldados (ou pelo menos para os oficiais) porque preservou a cultura da ordem. O foco foram as regras, processos e procedimentos. A obediência era mais importante do que a iniciativa (na verdade, a iniciativa não era bem vinda, pois colocava em risco a sincronia), a disciplina era imposta de cima para baixo.

A guerra da Segunda Geração é relevante hoje porque o Exército dos Estados Unidos e seu Corpo de Fuzileiros Navais a aprenderam dos franceses durante e depois da I Guerra Mundial. E ela ainda é a guerra americana, como podemos ver no Afeganistão e Iraque: para os americanos, guerra significa “meter chumbo no alvo”. A aviação substituiu a artilharia como a maior fonte de poder de fogo mas, mesmo assim, (e a despeito da doutrina dos Fuzileiros Navais, que é a Guerra de manobra da Terceira Geração) o serviço militar americano hoje é tão francês quanto vinho branco e o queijo brie. No centro de treinamento do Corpo dos Fuzileiros Navais em Palms 29, Califórnia, as únicas coisas que faltam são a bandeira tricolor e um pôster do General Gamelin em seu quartel general. O mesmo pode ser dito do Arsenal da Escola do Exército em Fort Knox, onde um instrutor recentemente começou sua aula dizendo, “Eu não sei por que tenho que lhes ensinar toda essa baboseira francesa, mas eu tenho”.

A Terceira geração da Guerra, assim como a Segunda, foi um produto da I Guerra Mundial. Foi desenvolvida pelo exército alemão, e é comumente chamada de Blitzkrieg ou guerra de manobra.

A Guerra da Terceira Geração não é baseada em poder de fogo e atrito, mas velocidade, surpresa e deslocamento físico assim como mental. Taticamente, o militar da terceira geração procura chegar à retaguarda do inimigo e acabar com ele de trás para frente: ao invés de “aproximar-se e destruir”, a idéia é “ultrapassar as linhas inimigas e aniquilá-lo”. Na defesa, ele tenta atrair o inimigo para, aí sim, acabar com ele. A guerra deixa de ser uma competição por baixas, onde as forças tentam deter ou avançar uma “fileira”; a guerra da Terceira Geração é não-linear.

Não apenas as táticas mudaram na Terceira Geração, mas também a cultura militar. O militar da Terceira Geração foca na situação como um todo, no inimigo e no resultado que a situação requer, não especificamente no processo e no método (em jogos de guerra no século XIX, oficiais alemães iniciantes se viam rotineiramente desafiados com problemas que só poderiam ser resolvidos desobedecendo as ordens). As próprias ordens especificam o resultado a ser atingido, mas nunca o método (“Auftragstaktik”). A iniciativa é mais importante do que a obediência (erros são tolerados, desde que esses advenham de muita iniciativa ao invés de pouca), e isso tudo depende de uma disciplina inata e não de uma disciplina imposta. O Kaiserheer e a Wehrmacht podiam se apresentar em grandes e uniformes paradas, mas na verdade eles acabaram com a cultura da ordem.

Características como descentralização e iniciativa vieram da Terceira para a Quarta Geração, mas em outros aspectos a Quarta Geração marca a mais radical mudança desde a Paz de Westphalia em 1648. Na guerra da Quarta Geração o Estado perde o monopólio da guerra. Em todo o mundo, a força militar nacional luta contra oponentes não nacionais como al Quaeda, Hamas, Hezbollah e as FARC. Em quase todos os lugares, o Estado está perdendo.

A Guerra da Quarta Geração também é marcada pelo retorno a um mundo cultural, não meramente Estados, em conflito. Hoje em dia o Cristianismo Ocidental se vê diante de seu mais antigo e resoluto oponente, o Islã. Após quase três séculos de uma defensiva estratégica, após o fracasso do segundo cerco turco a Viena em 1683, o Islã reassumiu a ofensiva estratégica se expandindo em todas as direções. Na guerra da Terceira Geração, uma invasão de imigrantes pode ser pelo menos tão perigosa quanto uma invasão militar.

A Guerra da Quarta Geração não é somente algo que importamos, como no 11 de setembro. Em seu núcleo está uma crise universal da legitimidade do Estado, e essa crise significa que muitos países irão desenvolver a guerra da Quarta Geração em seu solo. A América, com seu sistema político fechado (independente de qual partido ganhe, o Establishment permanece no poder e nada realmente muda) e uma ideologia venenosa de “multiculturalismo”, é a primeira candidata para a variedade doméstica da guerra da Quarta Geração – que é de longe o tipo mais perigoso.

Onde entra a Guerra do Iraque nesse esboço?

Em minha opinião, a guerra que temos visto até agora é meramente um trem carregado de pólvora em direção a um depósito de armas. Esse depósito é a guerra da Quarta Geração com uma grande variedade de atores islâmicos, direcionada à América e aos americanos (e governos locais amigos da América) em toda a parte. Quanto mais tempo a América ocupar o Iraque, maior a chance de esse depósito explodir. E se isso acontecer, que Deus nos proteja.

Por quase dois anos, um pequeno grupo de pessoas tem se reunido em minha casa para pensarmos na questão de como lutar a guerra da Quarta Geração. Esse grupo é composto em sua maioria de Fuzileiros Navais, de tenentes a tenentes-coronel, com um oficial do exército, um capitão de tanques da Guarda Nacional e um oficial estrangeiro. Pensávamos que alguém teria que estar trabalhando na questão mais difícil a ser encarada pelas Forças Armadas americanas, e parece que ninguém está ligando a mínima.

Esse pequeno seminário recentemente decidiu que já estava na hora de tornar pública algumas idéias que apareceram e usar essa coluna para esse fim. Não temos soluções mágicas, apenas alguns pensamentos. Reconhecemos que toda essa questão pode não ter solução; exércitos nacionais talvez não sejam capazes de encarar inimigos da Quarta Geração, não importa o que façam.

Mas para o quer que sirvam, aqui estão nossos pensamentos:

Se os Estados Unidos tivessem algumas forças de campo, capazes de empreender a Guerra de manobra poderiam conseguir lutar batalhas de envolvimento. A inabilidade de lutar tais batalhas foi o que levou ao fracasso a operação Anaconda no Afeganistão, onde a al Quaeda permaneceu, lutou e escapou com pouquíssimas baixas. Para lutar esse tipo de batalha precisamos de uma infantaria verdadeiramente leve, uma infantaria que possa ir mais longe e mais rápido a pé do que o inimigo, que tenha um repertório tático completo (não apenas cruzar com o inimigo e chamar para a troca de tiros) e que possa lutar com suas próprias armas ao invés de depender de suporte. Estimamos que uma infantaria de Fuzileiros Navais americana alcance uma média de marcha diária de apenas 10 a 15 quilômetros; uma coluna alemã na II Guerra Mundial, não uma fileira leve, podia marchar 40 quilômetros por dia.

Os oponentes da Quarta Geração não assinarão a Convenção de Genebra, mas será que alguns não podem estar abertos a algum tipo de código de cavalaria que dite como nossa guerra contra eles será travada? Vale a pena explorar esse ponto.

Como as forças americanas se comportem após a batalha, pode ser tão importante na guerra da Quarta Geração como a batalha em si.

O que os Fuzileiros Navais chamam de “inteligência cultural” é de vital importância na G4G e precisa ser levada às últimas conseqüências. No Iraque, os Fuzileiros parecem ter compreendido isso bem melhor do que o Exército americano.

Que tipo de pessoas precisamos nas Forças de Operações Especiais? Nosso seminário entendeu que mentes são mais importantes do que músculos, mas não está claro que as F.O.E. americanas entendem isso.

Uma chave para o sucesso é integrar nossas tropas o máximo possível com as pessoas locais.

Infelizmente, a doutrina americana de “proteção à força” trabalha contra a integração e geralmente é prejudicial a nós. Aqui vai uma citação feita no seminário:

“Existem duas formas de lidar com a questão da proteção à força. Uma é como fazemos atualmente, que consiste em nos separarmos da população e intimidá-los com poder de fogo. Uma alternativa mais viável pode ser fazer como o inimigo, se integrar com a comunidade. Desta forma somos capazes de descobrir mais sobre o que está acontecendo e a população nos protege. A aproximação britânica, que consiste em tirar o capacete tão logo possível, pode estar salvando vidas”.

O que “ganha” nos níveis tático e físico pode perder nos níveis operacional, estratégico, mental e moral, onde a G4G é decidida. Martin van Creveld argumenta que uma das razões para os ingleses não terem perdido na Irlanda do Norte é o fato de o Exército Britânico ter tido mais baixas do que infligido. Isso é algo que os militares americanos da Segunda Geração têm grande dificuldade em aprender porque eles definem sucesso como a diferença no número de baixas.

Temos que reconhecer que na G4G, nós somos a parte mais fraca e não a mais forte, apesar de todo nosso poder de fogo e tecnologia.

O que o serviço militar americano pode aprender com os policiais? Nossas unidades da reservas e da Guarda Nacional contam com vários policiais; será que estamos tirando alguma vantagem do que eles sabem?

Uma chave para o sucesso na G4G pode ser “perder para ganhar”. Uma parte da razão para que as guerras no Afeganistão e no Iraque não estejam sendo bem sucedidas é porque nossa invasão inicial destruiu o Estado, gerando uma terreno propício para as forças da Quarta Geração atuar. Num mundo em que o Estado está em declínio, se você destruí-lo será muito difícil recriá-lo. Aqui vai mais uma parte do que foi dito em nosso seminário:

“A discussão conclui que, quando há a necessidade de uma guerra contra um outro Estado, deve-se procurar preservar esse outro Estado mesmo que o derrote. Garantir ao exército inimigo as ‘honras da guerra’, dizer a eles que fizeram um bom trabalho, fazer com que sua derrota seja ‘civilizada’ para que eles possam sobreviver à guerra de forma intacta institucionalmente e aí trabalhar ao nosso lado. Isso seria parecido com as noções civilizadas da guerra do século XVIII e contribuiria imensamente para reerguer o Estado em fragilidade. Humilhar as tropas inimigas derrotadas, especialmente na frente de sua população, é sempre um sério erro, mas é algo que os americanos são propensos a fazer. Isto é por causa da ‘mentalidade do futebol americano’ que desenvolvemos desde a II Guerra Mundial e que age contra nós mesmos”.

De modo geral, o século XXI testemunhará uma guerra entre as forças da G4G e o Admirável Mundo Novo (AMN). As forças da G4G entendem isso, enquanto a elite internacional que busca aquele mundo não. Uma outra citação do seminário:

“Osama bin Laden, apesar de gozar de boa saúde, vive numa caverna. Sim, isso é por segurança, mas é também uma forma exemplar de liderança. Pode ser mais difícil separar (física ou psicologicamente) os líderes da G4G de suas tropas. Também é mais difícil desacreditar os líderes de seus seguidores... Isto contrasta dramaticamente com as elites do que são física e psicologicamente separadas (por uma grande lacuna) de seus seguidores (até mesmo os generais na maioria dos exércitos convencionais são separados de seus homens por uma imensa distância)... As elites do AMN estão em muitos aspectos ocupando um lugar bem baixo, moralmente falando, mas eles não percebem isso”.

Na ocupação dos Bálcãs pelas forças do Eixo na II Guerra Mundial, os italianos, em muitos aspectos foram mais eficientes que os alemães. A chave para seu sucesso foi o fato deles não quererem lutar. Em Chipre, o comandante das Nações Unidas classificou o batalhão argentino como mais eficiente do que os ingleses e os australianos porque os argentinos não queriam lutar. Que lições as forças americanas podem tirar disso tudo?

Como a Máfia executaria uma ocupação?

Quando temos uma coalizão, que tal deixar cada país fazer o que faz de melhor, p. ex., os russos se ocupam da arte operacional, os EUA armas e logística, talvez os italianos fiquem com a ocupação?

Como redefinir o conceito de “Transformação” do Departamento de Defesa para que se adapte à G4G? Se lermos o “Guia do Plano de Transformação” do Departamento de Defesa não encontraremos nada relativo à G4G, certamente nada relativo a nenhuma das duas guerras que lutamos atualmente. É tudo orientado para enfrentar outros exércitos nacionais, com os quais lutamos sistematicamente.

O seminário tem a intenção de continuar trabalhando na questão de redefinir “Transformação” (die Verwandlung?) para que ela seja relevante à G4G. Entretanto, para nosso encontro de dezembro propomos o seguinte problema: é primavera de 2004. O Corpo dos Fuzileiros Navais americanos tem que ajudar o Exército na ocupação de Fallujah, talvez o lugar mais perigoso entre todos no Iraque (e onde as táticas da 82° Divisão Aerotransportada tem colocado lenha na fogueira). Você é o comandante da Força de Fuzileiros Navais que vai tomar Fallujah. O que você faria?

Aqui vai nossa solução para esse problema.

Será que a captura de Saddam vai constituir uma virada na Guerra no Iraque? Não contem com isso. Alguns insurgentes têm lutado pessoalmente por Saddam. A captura de Saddam pode levar a uma divisão do Partido Baath, o que nos moveria em direção de uma situação da Quarta Geração onde é impossível a recriação do Estado. Também pode dizer aos xiitas que eles não precisam mais da proteção americana contra Saddam, dando a eles mais opções em seu esforço para as eleições livres.

Se o exército americano usasse a captura de Saddam para anunciar o fim das táticas que enfurecem os iraquianos e os leva a uma resistência ativa, isso poderia aliviar um pouco a escalada da violência. Mas não penso que seremos tão espertos assim. Quando o assunto é a guerra da Quarta Geração, parece que ninguém na força militar americana compreende.

Recentemente um membro docente da Universidade da Defesa Nacional perguntou para o general Mattis do Corpo dos Fuzileiros Navais, comandante da I Divisão de Fuzileiros Navais, sua opinião sobre a importância de ler a história militar. Mattis deu uma eloqüente resposta em prol de se tirar um tempo para ler história e isso deveria servir para todas as escolas militares. “Graças a minhas leituras, eu nunca fui pego desprevenido em nenhuma situação”, disse. “Não me dá todas as respostas, mas ilumina um caminho geralmente escuro”.

Ainda assim, até mesmo um comandante capaz e leitor contumaz como o general Mattis, parece não entender direito quando se trata da guerra da Quarta Geração. Em sua mensagem escrita ele diz: “Ultimamente, a total compreensão da história diz que não há nada de novo no horizonte, no que diz respeito a guerras. Para todos os intelectuais da guerra da Quarta Geração que saem dizendo que a natureza da guerra mudou fundamentalmente, que as táticas são totalmente novas, etc., eu muito respeitosamente digo: “acho que não’...”.

Bem, não é bem isso que os intelectuais da Quarta Geração estão dizendo. Pelo contrário, nós dissemos reiteradas vezes que a Quarta Geração não é novidade, mas um retorno ao passado, especificamente como funcionavam as guerras antes do advento do Estado. Agora, como naquele tempo, muitas entidades diferentes, não apenas governos de países vão declarar guerra. Todos vão declarar guerra pelos mais diferentes motivos, não apenas “a extensão da política por outros meios”. E eles usarão muitas ferramentas diferentes para lutar essa guerra, não se restringirão ao que nós reconhecemos como forças nacionais militares. Quando me pedem para recomendar um bom livro sobre como será a Quarta Geração, eu geralmente sugiro A Distant Mirror: The Calamitous Fourteenth Century, de Barbara Tuchman [*].

E também não estamos dizendo que as táticas da Quarta Geração sejam novas. Ao contrário, muitas das táticas usadas pelos oponentes da Quarta Geração são táticas de guerrilha padrões. Outras, incluindo muito do que chamamos de “terrorismo”, são clássicas guerras de cavalaria árabes, mas com tecnologia moderna nos níveis operacional e estratégico, não apenas tático.

Como eu disse anteriormente nessa coluna, muito do que está acontecendo no Iraque hoje ainda não é a guerra da Quarta Geração, mas uma Guerra pela Liberação Nacional, travada por pessoas que têm como objetivo restaurar o Estado Baathista. Mas à medida que os objetivos desaparecem e essas forças se fragmentam, a guerra da Quarta Geração aparece cada vez mais. O que vai caracterizar isso não são as vastas mudanças na forma de o inimigo lutar, mas sim quem luta e por que luta. A mudança do agente que luta faz com que fique difícil dizer quem é amigo ou inimigo. Um bom exemplo é o aparecimento de mulheres-bomba; será que as tropas americanas terão que revistar todas as mulheres muçulmanas que encontrarem? A mudança do por que nosso inimigo luta torna irrelevante os compromissos políticos necessários para dar fim a uma guerra. Achamos que quando chegar a hora de fazer a paz, não terá ninguém com quem falar e nada sobre o que falar. E o fim de uma guerra como essa no Iraque se torna inevitável: o Estado local que nós atacamos se pulveriza deixando para trás ou um Estado sem religião (Somália) ou uma fachada de Estado (Afeganistão), nos quais mais elementos de fora dele se revoltam e lutam.

O General Mattis está correto de que nada disso é novidade. É novidade apenas para exércitos nacionais que foram formatados para lutar contra outros exércitos nacionais. O fato de que nenhum exército convencional tenha sido bem sucedido no enfrentamento de elementos inimigos não oficiais nos lembra que Clio tem censo de humor: a História também nos ensina que nem todos os problemas têm soluções.



Vingancinha

BRASÍLIA - Quando as coisas não dão certo, determina a lógica que sejam logo revistas. Não há desdouro nenhum em reconhecer erros passados e, a partir do reconhecimento, adotar novas iniciativas. Esse princípio vem dos tempos de Ramsés II e vale tanto para pessoas quanto para instituições, inclusive governos.

Tome-se a questão do Ministério da Defesa. Sua criação exprimiu uma vingancinha do então presidente Fernando Henrique Cardoso contra os militares. Se durante os anos de chumbo ele foi perseguido ou se, por baixo do pano, compôs-se com os donos do poder, é outra história. Afinal, foi aposentado precocemente do cargo de professor-assistente da USP, mas com vencimentos.

Viajou para o exterior porque quis, tanto que voltou quando quis, trazendo volumoso contrato com uma multinacional americana, que o transformou em neoliberal, muito antes de a expressão ficar globalizada.

De qualquer forma, foi um erro extinguir os Ministérios do Exército, Marinha e Aeronáutica, só para afastar os oficiais-generais das três forças das reuniões ministeriais e das discussões sobre os maiores problemas de governo. De lá para cá, a gestão das questões castrenses passou para civis, outro erro lapidar.

Se ainda tivessem aproveitado militares, mesmo da reserva, para o Ministério da Defesa, haveria esperança de normalidade, mas um senador, um advogado-geral da União, um diplomata, um vice-presidente e um ex-governador e ministro de outra pasta positivamente não deram certo. Sem qualquer relação ou proximidade com temas, costumes e objetivos militares, só praticaram a arte de enxugar gelo e ensacar fumaça.

O resultado da trapalhada caiu no colo do presidente Lula, ao qual faltou coragem para rever a desastrada decisão do antecessor. Em seu governo ninguém esquentou lugar na cadeira de ministro da Defesa, por maiores qualidades políticas e éticas que apresentassem os escolhidos.

Waldir Pires, o último, não merecia o final melancólico de agora. Perfeito na Controladoria Geral da União, viu-se deslocado para a Defesa, logo atropelado por variadas crises que não podia resolver.

Faz tempo que Lula pretendia substituí-lo, não o fazendo por falta de alternativa. Depois de ter recusado, Nelson Jobim agora aceitou o convite. Encontra-se próximo de entrar numa fria, hipótese rejeitada pelos demais cogitados, José Alencar, já tendo oferecido sua quota de sacrifício, Paulo Bernardo, ao alegar só entender de números, e Celso Amorim, feliz por ter convencido o presidente a não tirá-lo do Itamaraty.

Existisse coragem no Palácio do Planalto e uma tranqüila emenda constitucional seria aprovada em tempo recorde pelo Congresso, extinguindo o Ministério da Defesa e recriando os ministérios do Exército, Marinha e Aeronáutica, jamais retrocesso, senão a correção necessária de erro lapidar. O resultado aí está: mais um para o cadafalso, agora um jurista que não merece o risco de encerrar sua biografia sem poder distinguir um esquadrão de Cavalaria de um pelotão de Infantaria.


41 anos depois do atentado terrorista no Aeroporto Internacional dos Guararapes
por Aluisio Madruga de Moura e Souza em 28 de julho de 2007

Resumo: As vítimas do primeiro atentado terrorista pós-1964 permanecem esquecidas.

© 2007 MidiaSemMascara.org

É sempre bom relembrar. Muitos já escreveram em seus livros sobre aquele dia fatídico, dentre eles o Gen. Raymundo Negrão Torres, Gen. Agnaldo Del Nero Augusto e o Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Vou me fixar resumindo o que escreveu o meu amigo já falecido Gen. Negrão.

Estava assaz movimentado o Aeroporto Internacional de Guararapes naquele começo de manhã de 25 de julho de 1966. Além da freqüência normal, muitos ali estavam para recepcionar o general Arthur da Costa e Silva, candidato do partido do governo – ARENA – à Presidência da República. As autoridades legais não sabiam e nem mesmo desconfiavam que as facções comunistas que repudiavam a “coexistência pacífica” pregada por Moscou e aceita pelo PCB de Luís Carlos Prestes estavam dispostas a derrubar o governo a bala, com bomba e outros atos de terrorismo.

Poucos minutos antes das oito chegava a notícia de que houvera uma pane no avião do Presidente e que ele chegaria a Recife por via terrestre. Muitos deixaram, inclusive crianças, o aeroporto. Eis que em ato contínuo, o guarda civil Sebastião Tomás de Aquino viu, “esquecida” em um canto, uma valise escura e a apanhou para entregá-la no balcão de “Achados e Perdidos”. Seguiu-se violenta explosão que, além de grande destruição das instalações, causou pânico e correria, deixando um trágico saldo de 17 vítimas. Ao se dissipar a fumaça da explosão, jaziam no chão o jornalista e Secretário de Governo de Pernambuco, Edson Régis de Carvalho, mortalmente ferido, e morto o almirante da reserva Nelson Gomes Fernandes. O guarda civil Sebastião - o “Paraíba”, um antigo e popular jogador de futebol do Santa Cruz teve a perna direita amputada e o tenente-coronel do Exército, Silvio Ferreira da Silva, além de ferimentos generalizados, teve amputação traumática de quatro dedos da mão esquerda. Ficaram ainda feridos os advogados Haroldo Collares da Cunha Barreto e Antônio Pedro Morais da Cunha, os funcionários públicos Fernando Ferreira Raposo e Ivancir de Castro, os estudantes José Oliveira Silvestre, Amaro Duarte Dias e Laerte Lafaiete, a professora Anita Ferreira de Carvalho, a comerciária Idalina Maia, o guarda civil José Severino Pessoa Barreto, o deputado federal Luiz Magalhães Melo, Eunice Gomes de Barros e seu filho, Roberto Gomes de Barros, de apenas 6 anos de idade. O acaso, transferindo o local da recepção, impediu que a tragédia fosse maior.

Na ocasião, sem provas conclusivas, este primeiro ato criminoso de terrorismo ideológico foi atribuído a militantes do Partido Comunista Revolucionário (PRC) e do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário(PCBR). Hoje, sabe-se que foi obra dos rumos tomados pelo “maoismo cristão” da Ação Popular (AP). E quem afirma, com base em pesquisas e entrevistas iniciadas em 1979, é Jacob Gorender, um histórico militante de esquerda, em seu livro Combate nas Trevas, cuja primeira edição data de 1988. Às páginas 122 e seguintes, entre outras coisas, Gorender afirma:

“Enquanto Herbert de Souza (Betinho) e Jair Ferreira de Sá buscam contato com Brizola em Montevidéu, Paulo Wright e Alípio de Freitas (ex-padre católico) conseguem sair do Brasil e chegar a Cuba onde realizam curso de guerrilha. De retorno ao Brasil e já em 1965, a Ação Popular, decidida em partir para a Luta Armada, cria uma Comissão Militar incumbida de ministrar cursos de armas e explosivos. Membro da Comissão Militar e dirigente Nacional da AP, padre Alípio encontrava-se em Recife em meados de 1966, quando tomou conhecimento da visita de Costa e Silva e, por conta própria, resolveu aplicar seus conhecimentos sobre a técnica de atentados”.

Um dos executores do atentado, ainda revelado pelas pesquisas de Gorender, foi Raimundo Gonçalves de Figueiredo que mais tarde foi morto pela polícia de Recife em 27 de abril de 1971, já como integrante da VAR-PALMARES, utilizando o nome falso de José Francisco Severo Ferreira, com o qual foi autopsiado e enterrado. São terroristas desta extirpe que hoje são apontados como tendo agido em defesa da Democracia e cujos “feitos” estão sendo recompensados pelo governo, as custas do contribuinte brasileiro, com indenizações e aposentadorias que poucos trabalhadores recebem, recompensa obtida graças ao trabalho faccioso e revanchista da Comissão de Mortos e Desaparecidos, instituída pela Lei nº 9140, de 4 de dezembro de 1995.

O fato em si está esquecido pelas autoridades militares, enquanto a esquerda mente descaradamente valorizando junto à opinião pública os seus. Fico a imaginar o que sentem as vítimas deste ato covarde, que foi o primeiro dentre tantos outros realizados pelos terroristas brasileiros e que, graças à Lei de Anistia que lhes foi outorgada pela Contra-Revolução de 1964, ocupam postos-chave do governo e estão levando o País ao caos.

Hoje, 25 de julho de 2007, 41 anos após o atentado do Aeroporto dos Guararapes, após os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica engolirem goela abaixo a decisão da Comissão de Direitos Humanos sobre o traidor Lamarca, temos um novo Ministro da Justiça. E que ministro!!! Como aceitaram!

General Sílvio Ferreira da Silva e demais vítimas do terrorismo no Brasil, em que pese o esquecimento de quem de direito, nós não nos esquecemos de vocês.


Morremos todos

Quando é que derrubaremos Lula?

Diogo Mainardi

A posse do ministro da Defesa, na última quarta-feira, foi o espetáculo mais indecoroso da história política brasileira. Lula ria. Nelson Jobim ria. Tarso Genro ria. Guido Mantega ria. Celso Amorim ria. Juniti Saito ria. Marco Aurélio Garcia ria. Por algum motivo, até mesmo o demitido Waldir Pires ria. Lula provavelmente se regozijava por ter se safado, segundo seus cálculos, de mais uma fria. No caso, os 200 mortos da tragédia da TAM. Ele repetiu despudoradamente, com sua risada, o gesto de escárnio feito por Marco Aurélio Garcia em seu gabinete, no Palácio do Planalto. Que espécie de gente tripudia sobre 200 mortos? Como alguém pode atingir esse grau de pusilanimidade? Se um dos militares presentes naquela sala batesse vigorosamente as botas, Lula e seus ministros com certeza sairiam em disparada, aos gritos, acotovelando-se e pisoteando-se no carpete verde. Eles só sabem cuidar da própria pele e do próprio bolso. Dane-se todo o resto.

Ninguém derrubará Lula. O que vai acontecer conosco é muito pior: um progressivo desmoronamento da sociedade. É sempre complicado tentar apontar o momento em que um país se perde irremediavelmente. Mas, se eu fosse apostar, apostaria todas as fichas que ele ocorreu na posse de Nelson Jobim, na quarta-feira passada. Entre uma tirada de bar e outra, Lula profanou os 200 corpos dando a entender que o desastre poderia servir pelo menos para diminuir as filas da ponte aérea. Uma sociedade resiste a um governo corrupto. Ela resiste também a um presidente incapaz. O que elimina qualquer possibilidade de convívio é o triunfo dessa boçalidade predatória que caracteriza Lula e sua gente. Eles cercaram a cidadela e ficaram esperando que nossas reservas de civilidade acabassem. Elas acabaram. Estamos desarmados e rendidos.

O Brasil é um buraco. Nunca fizemos algo que prestasse. Mas até outro dia ainda tínhamos uma vaga idéia de como nos comportar. E era essa vaga idéia que mantinha o país andando. Andando de lado, mas andando. Uma das regras de comportamento que a gente seguia era manter certa dose de compostura diante da dor pela morte de alguém. Lula violou essa regra. Depois de violá-la, tripudiou mais uma vez, ensinando aos familiares dos mortos do desastre da TAM que "é preciso que a gente tenha momentos de descontração para tornar a vida menos sofrível". Um dia Lula morrerá. Mas nós já teremos morrido antes dele.


Lula ouve vaias em Aracaju. Manifestantes são barrados

Der Tânia Monteiro na Agência Estado:


"Cerca de 300 pessoas que tentavam entrar no Centro de Convenções de Aracaju (SE) para fazer uma manifestação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram impedidas e permaneceram do lado de fora nesta manhã. São funcionários do Incra e do Ministério da Cultura, que estão em greve, além de estudantes da Universidade Federal.


Eles gritam palavras de ordem como "ô Lula, que covardia, cadê a democracia". Ao chegarem ao Centro de Convenções para o lançamento do PAC do saneamento e urbanização de favelas, Lula e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff não viram os manifestantes. Mesmo assim foram vaiados por alguns presentes.


Como no local havia integrantes de movimentos que apóiam o presidente, as vaias foram abafadas pelos aplausos, mas mesmo assim puderam ser ouvidas. Ao contrário das outras cerimônias com a participação do presidente, o acesso só foi permitido para quem tinha convite. O governo está liberando para o PAC de Sergipe R$ 401 milhões".


Benayon volta a denunciar como Jobim, novo ministro da Defesa, beneficiou banqueiros credores na Constituinte


Por Jorge Serrão

O novo Ministro da Defesa, escalado para exercer o cargo com autoridade forte, é o mesmo que, como presidente do Superior Tribunal Federal ficou conhecido como notório engavetador de processos polêmicos (como pedidos de vistas infindáveis, como foi o caso do que avaliaria se os bancos deveriam ser julgados pelo Código de Defesa do Consumidor).


A alegria da corja
Jobim também foi denunciado como o parlamentar constituinte que adulterou, de forma subreptícia, o texto da Constituição, para beneficiar os credores da dívida externa brasileira (leia-se, os grandes banqueiros que formam a Oligarquia Financeira Transnacional que manda no mundo).


Num trabalho espetacular de pesquisa, o economista Adriano Benayon e o professor de matemática da UnB Pedro Dourado Rezende conseguiram determinar qual foi a adulteração introduzida por Nelson Jobim à Constituição. Vejam em:http://paginas.terra.com.br/educacao/adrianobenayon/fraudeac.html


Nada custa lembrar um “tijolaço” assinado pelo falecido Leonel de Moura Brizola, então Presidente Nacional do PDT, publicado pelos jornais Folha de S. Paulo, O Globo, Extra, Zero Hora e Correio Braziliense, em 9 de outubro de 2003:


A insólita revelação do sr. Nelson Jobim de que, na promulgação da constituição de 1988, ele próprio participou de uma fraude para introduzir no texto constitucional artigos que não foram votados pelos constituintes, deixa o hoje ministro do Supremo em posição ética e jurídica delicada, para não dizer insustentável, como integrante da mais alta corte constitucional deste país. Como pode alguém que deliberada e conscientemente violou, no nascedouro, a Carta Magna, ser agora aquele que vai julgar, no Supremo Tribunal Federal, as questões constitucionais?


O absurdo é maior ainda que Sua Excelência diz que não apenas um, mas dois artigos foram introduzidos na Constituição sem o voto daqueles que, legitimamente, tinham o poder de fazê-lo. E mais: numa atitude chocante, julga-se no direito de nem mesmo revelar qual foi o segundo enxerto que praticou, dizendo que só o fará em livro que irá lançar! O que pretende o sr. Ministro? Vender mais livros? O país e outros ministros do STF devem esperar o que mais de falso na Constituição?


Francamente, em qualquer país sério, um ministro do Supremo envolvido em tal episódio estaria, a esta altura, apresentando sua renúncia e pedindo desculpas ao país e à consciência jurídica. Alguém tem dúvidas de que seria assim nos EUA, na Inglaterra ou na França? Mas aqui o ministro Jobim ainda se julga no direito de pavonear-se, quase que afirmando que é graças à burla da qual participou que a Constituição aperfeiçoou-se!Depois desta revelação chocante, o que pensar dos escrúpulos do ministro Jobim em relação à verdade, ao rigor jurídico? Como pode a consciência nacional aceitar tais procedimentos?


Pior, como alguém pode se sentir seguro quando Sua Excelência foi, de forma ativa e exorbitante, o patrocinador da recente abolição dos sistemas de impressão que poderiam impedir as possibilidades de fraude na urna eletrônica? O PDT, depois desta revelação, mais que nunca sente-se no dever de impugnar a intervenção escandalosa do ministro, num processo que culminou com a revogação da única garantia de que nossas eleições não possam vir a ser eletronicamente fraudadas. Por muito menos, pela violação do sigilo do voto dos senadores, que é um nada perto da violação do próprio texto constitucional, vimos o processo de condenação pública que se abateu sobre seus responsáveis, que os levou até a renúncia.


A violação cometida pelo sr. Jobim é de natureza muito mais grave, porque alterou o próprio texto da Constituição em vigor, a cujo cumprimento todos se obrigam. Ou a pretensão de Sua Excelência é tanta que se julga acima da ética e da lei, e que ter fraudado a Constituição deve ser algo impune apenas porque o fraudador é ele próprio? Se as instituições políticas e jurídicas deste país aceitarem que isto fique sem conseqüências, então estarão estimuladas as práticas de todo tipo de fraudes, porque nenhuma poderá ser maior que a que se fez contra a Lei das Leis.


Escolha questionável

Na Aeronáutica, Força que será diretamente afetada pela presença de Jobim, um importante interlocutor, que pediu para não ser identificado, revelou ao jornal GLOBO que o novo ministro não tem trânsito nas Forças Armadas.


E nem experiência no setor aéreo, requisitos que ele considera essenciais para que o novo ministro tenha sucesso em sua gestão.


Não é ninguém da área, que entenda de Defesa, e não tem trânsito nas Forças Armadas”.


Tudo como dantes...

O interlocutor da Aeronaútica não acredita que a escolha de Jobim possa resolver a crise aérea e chegou a dizer que ela provocou um grande desânimo no meio militar.


Não empolga. Não tem a expectativa de que as coisas possam melhorar. Ele até pode surpreender e fazer uma boa administração, mas não é a expectativa. Ele nunca atuou na Defesa, não tem conhecimento específico, não tem trânsito entre os militares. Dá um desânimo, como se fosse um giro de 360 graus”.



MOVIMENTO NACIONAL!!! - Precisamos nos unir! -

Vamos apoiar...
MOVIMENTO NACIONAL!!! - Precisamos nos unir! -


Esta semana foi lançado o projeto
"Quero + Brasil",
projeto que visa obter apoio popular
para exigir dos políticos
algumas das reformas de que o nosso país precisa.

Os meios de comunicação estão dispostos
a apoiar este movimento,
e pressão dos mesmos sobre os políticos
(que só se fará se nós nos manifestarmos).

Para "contabilizar" estas manifestações,
foram oferecidos 3 meios:

(a) um número de telefone local : 4002-8988;

(b) um site *www.queromaisbrasil.com.br*

(c) assinaturas nas lojas do grande varejo
que começarão em breve.

Se este movimento ganhar força, teremos
uma ótima chance de fazer uma pressão organizada por mudanças.

Apoiam o movimento 150 entidades
das mais variadas
(como OAB, FIESP, Força SIndical,etc.)
e o conselho é formado por pessoas como
Bernardinho, Viviane Senna, Jorge Gerdau, etc.

No entanto, todo o trabalho feito até agora,
e todo o apoio que a mídia se comprometeu a dar,
só será transformado em pressão positiva
se o povo participar.
Por isto, peço a você que:

1. Se manifeste AGORA (ligue para 4002-8988
ou acesse o site: www.queromaisbrasil.com.br e deixe sua mensagem AGORA;

2. Envie este email para pelo menos 10 amigos seus e peça que eles façam o mesmo AGORA.

Vamos nos dar as mãos para passar este país a limpo.



Jobim, Jobim e as saídas do Brasil

A substituição de Waldir Pires por Nelson Jobim deve ser aplaudida? É claro que sim. Ainda que Pires fosse trocado por um poste. Ele nunca foi ministro e é um dos grandes responsáveis pela crise que se abateu sobre o setor aéreo. É evidente que não é o único. Mas, é certo, não havia solução com ele na pasta. Já falo disso com mais vagar. Fixo-me agora em Jobim.

Estava
na fila para ser auxiliar de Lula faz tempo. De fato, desde que era juiz – e presidente do Supremo -, preparava-se para ocupar um cargo no governo petista. Chegou a ambicionar a vice-presidência, mas se esqueceu de combinar com o PMDB, partido ao qual voltou antes mesmo de deixar a toga. Mais do que isso: quando Lula amargava a crise do mensalão, apresentou-se mais de uma vez como uma espécie de solução para a crise. Fui e sou muito crítico dos últimos meses de Jobim à frente do STF. Até porque tomou algumas atitudes, vamos dizer, polêmicas, que impediram um desdobramento mais virtuoso da CPI do Mensalão – medidas que foram, sim, do agrado do governo e de Lula, aos quais serve agora.

Machado de Assis perguntaria: a Capitu da Praia da Glória já estava dentro da Capitu de Matacavalos? Ou por outra: o ministro da Defesa já estava no presidente do Supremo? Tenho cá minhas desconfianças. Não acho que toga e política devam andar assim misturadas. Jobim também teve papel importante quando impediu a quebra do sigilo bancário do doador universal Paulo Okamotto. Lembram-se dele? Pagou uma dívida de Lula com recursos supostamente pessoais, embora não tivesse renda para tanto. Mais: ele diz que o fez. Lula nega. Jobim não nos deixou saber o que terá acontecido para haver essa falta de coincidência de memórias.

Mas...
É claro, no entanto, que a solução pode vir a ser positiva. Jobim tem um perfil um tanto centralizador e, como dizer?, é um homem de grande vaidade intelectual. Vai tentar, de fato, ter o comando. Isso lhe custou algumas rusgas no STF, cuja natureza é bastante colegiada. Trabalho não lhe falta.

O primeiro passo é separar alhos de bugalhos. Eu nunca entendi por que o setor aéreo precisa de uma agência reguladora. Alguém me explica? A menos que se privatizem a Infraero e todos os aeroportos brasileiros – o que seria uma boa idéia -, pra que agência? Convenham: o país não pode ficar refém do sr. Zuanazzi e de seus subordinados. Como é que se vai mexer nesse vespeiro? É preciso, evidentemente, tomar cuidado para que uma intervenção na Anac não jogue no lixo a segurança jurídica do país. A saída não está em alterar a lei da agências reguladoras. É necessário mudar o caráter da Anac.

Correria
Lula tentou se desgrudar da crise do setor aéreo o quanto pôde. Agiu porque percebeu que isso não seria possível. Agora Jobim vai fazer o périplo por São Paulo, incluindo a visita ao IML. Pois é. Uma reação, para dizer pouco, tardia; não dele, claro, que nem ministro era, mas do governo Lula. A substituição de Waldir Pires também cobre de ridículo o jornalismo dos áulicos. Ora, se o governo federal não tinha nada a ver com a tragédia, por que a mudança? A resposta é óbvia; porque o Planalto já conta com 356 cadáveres nas costas.

A nomeação de Jobim pode ser positiva ainda para tentar impedir que se faça uma outra besteira; um novo aeroporto em São Paulo, o que é desncessário, coisa de megalômanos. A ampliação de Cumbica é plenamente viável: é mais rápida e mais barata. Jobim e o governador José Serra têm um ótimo relacionamento. Espero que ambos se convençam do óbvio.

Discurso
O discurso de Lula, como vocês podem ver nos sites e jornais, foi a lástima de sempre. Aproveitou para fazer suas gracinhas, o que corresponde a triupiar sobre cadáveres. Também disse que tem medo de avião e que reza para que tragédias não aconteçam. Não tenho nada contra o presidente rezar. Mas também sei que Deus não nomeia o ministro da Defesa, o presidente da Infraero ou os diretores da Anac. Ele pode rezar o quanto quiser e não precisa contar isso pra ninguém. O que não pode é permitir que uma crise se arraste por dez meses, com uma primeira resposta vindo 356 corpos depois. Não há prece para isso.

Jobim, Jobim
Outro Jobim muito mais famoso, o Tom, falou que a saída do Brasil era o aeroporto. No país de Lula, isso também deixou de ser verdade. Vamos torcer para que este Jobim, o Nelson, restabeleça a saída apontada pelo outro. Temos de ter o direito, ao menos, de escapar. Nem é a ditadura que nos impede, como na Cuba de Fidel Castro, mas a incompetência, o pior de todos os reacionarismos.

Por Reinaldo Azevedo


O Ruído da Morte

Por Adriana Vandoni

Covardes, cafajestes e chulos, assim defino o séqüito do presidente Lula,como o seu assessor especial, o asqueroso e nauseabundo aspone Marco AurélioGarcia, que com seu gesto obsceno disse "f..eram-se", menos preocupado comos mortos do vôo da TAM e seus familiares, nada preocupado com a apreensão de todos os brasileiros, mas sim com a imagem do governo. "Ganhamos essa", Yesss!, a culpa não é nossa, nos safamos!, deve ter pensado"salafrariamente". Muitos pediram a sua cabeça. Eu discordo. Ele é apenas parte e um perfeito exemplo estético do governo ao qual faz parte.

O Brasil não quer o culpado, aspone, mas as causas do acidente, para que a tragédia não se repita. Isto aqui não é uma gincana e a morte de pessoas vai muito além de desgastes políticos. Não se preocupe, pois Duda Mendonça saberá apagar isso da memória dos brasileiros. Não, o acidente não é uma invenção da "mídia burguesa que quer derrubar um governo operário". Existem mortos, aspone, e os brasileiros choram por eles.

Mas se o aspone quer saber, o governo tem responsabilidade sim, independente do resultado das investigações da causa do acidente. Esta bagunça começou no ano passado com a morte de 154 pessoas. Nada, absolutamente nada foi feito de lá pra cá. Apenas politicagem barata e vulgar. Desta vez foram pelo menos 190 brasileiros que morreram. Onde está a Marta Favre para olhar nos olhos de uma mãe que perdeu seus filhos e dizer: "olha querida, relaxa e goza!" Vulgar!, esta mulher deveria voltar para seus programas matinais sobre sexo. É a sua praia.

De mais a mais, senhor aspone, sua comemoração foi precipitada. Mesmo que algum equipamento do avião tenha falhado na hora do pouso, equipamentos falham, mas a infra-estrutura deve ser um fator de segurança, não de risco. Se o aeroporto está com sobrecarga, o responsável é do governo federal. Se a pista não poderia suportar um Airbus e aceitava, a responsabilidade é do governo federal.

A verdade é que a Anac (Agência Nacional de aviação Civil), responsável pela regulação e fiscalização, foi ocupada pelos militantes petistas, a maioria sem qualificação para a função. De toda a diretoria só um é da área. São os "cumpanheiros" petistas, e isto só já basta. A condecoração nesta sexta do diretor presidente da Anac Milton Zuanazzi por "relevantes serviços prestados à aviação" foi uma bofetada na cara dos brasileiros.

Mas o que o presidente fez ao saber da tragédia? Inventou uma cirurgia para retirar um terçol e desmarcou todos os compromissos públicos, onde poderia ser questionado. Quando resolveu se reunir para avaliar a situação aérea e chamou sua área "política e de comunicação". Nem o incompetente Ministro da Defesa foi chamado. Deveria já ter chamado Duda Mendonça para
resolver definitivamente o caos brasileiro. Covardes e vulgares.

Talvez o aspone precisasse escutar o "ruído da morte", como me definiu um brasileiro que viu o acidente, ao escutar o barulho do avião batendo contra o prédio. "Em seguida um barulho que estremeceu os vidros da empresa, foi quando pela janela vimos o Airbus caído ao lado do prédio da TAM que em seguida explodiu em chamas". ...e hoje, veja o que restou...nada...só lembranças tristes e ensurdecedor ruído da morte.

Adriana Vandoni é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ, professora do curso de pós-graduação em Gestão de Cidades. Site: www.prosaepolitica.com


Top-Top e Fuc-Fuc
por Olavo de Carvalho em 25 de julho de 2007

Resumo: Por que um dos principais representantes de um governo que é membro da mesma organização - o Foro de São Paulo - da qual participam grupos terroristas internacionais e traficantes de drogas, deveria estar preocupado com as vidas perdidas de algumas centenas de pessoas no desastre em Congonhas?

© 2007 MidiaSemMascara.org

Todo mundo no Brasil viu os gestos do sr. Marco Aurélio Garcia e de seu ajudante Bruno Gaspar transmitidos pela TV, cujas equivalências onomatopaicas, salvo melhor juízo, são respectivamente “top-top” e “fuc-fuc”. Não se ouve som nenhum na gravação, mas, pelo contexto, o sentido vernáculo da mímica ministerial foi aproximadamente: “Agora eles tomaram no...” – sapientíssima observação ante a qual o criativo assessor, recordando a máxima célebre do candidato interiorano, ponderou, também sem palavras: “Se nóis não ó neles, ó eles em nóis”.

O Diário do Comércio pede minha opinião sobre esse interessante número de mímica, mas antes de emiti-la devo recordar alguns aspectos do governo Lula, sem cuja perspectiva o sentido daquele diálogo silencioso arriscaria tornar-se demasiado esotérico.

Em outubro de 2002, o sr. Lula disse ao jornal Le Monde que a eleição que o tornaria presidente era apenas uma farsa destinada a legitimar a tomada do poder pelas organizações de esquerda. Confirmando as palavras do líder, o sr. Garcia informou ao jornal La Nacion , em Buenos Aires, que o PT continuava firme na esquerda revolucionária: “A impressão de que o PT foi para o centro surge do fato de que tivemos de assumir compromissos que estão nesse terreno. Isso implica que teremos de aceitar inicialmente algumas práticas. Mas isso não é para sempre.”

Como toda a campanha petista se baseava exatamente na hipótese oposta, isto é, de que o candidato e seu partido tinham abjurado de toda ambição revolucionária e aderido ao culto da ordem burguesa, essas declarações já bastavam para demonstrar, acima de qualquer dúvida, que nenhum dos dois declarantes era confiável. Ou estavam mentindo para seus antigos correligionários, ou para seus novos eleitores. Dando a primeira hipótese por certa e inquestionável sem necessidade de exame, a mídia nacional inteira e os próprios adversários eleitorais de Lula decidiram abafar as entrevistas comprometedoras, que teriam bastado para destruir a candidatura petista.

Logo depois, interrogado polidissimamente pelo entrevistador Boris Casoy quanto ao risco de uma aliança Lula-Castro-Chávez, o candidato assegurou que era tudo invencionice de “um picareta de Miami” (referia-se ao escritor cubano Armando Valladares). Na ocasião, a aliança já estava combinada nas reuniões do Foro de São Paulo e nos meses que se seguiram foi consolidada sobretudo por intermédio do sr. Garcia, que, desde a renúncia de Lula à presidência do Foro, se tornou o agente de ligação entre o governo brasileiro e aquela entidade.

Pouco antes, o sr. Lula havia assinado, ainda como presidente do Foro, um compromisso de defender incondicionalmente as Farc, a narcoguerrilha colombiana, acusando de “terrorismo de Estado” qualquer coisa que se fizesse contra ela. Se o eleitor brasileiro soubesse disso, jamais votaria nessa criatura. Mas novamente a grande mídia e os supostos opositores de Lula ajudaram a varrer a poeira para baixo do tapete, escondendo não só o acordo abjeto mas a própria existência do Foro de São Paulo. Até hoje a organização política mais vasta e poderosa da América Latina é, para o público nacional, um mysterium ignotum protegido sob um véu de chumbo.

O acordo pró-Farc, obtendo facilmente e sem discussões o apoio unânime das organizações participantes do Foro, só pode ter sido tramado com muita antecedência. Nem é preciso perguntar quem o preparou. Segundo informações do site http://www.militaresdemocraticos.com/ , o futuro ministro Top-Top teve vários encontros com o comandante da narcoguerrilha, Manuel Marulanda Gomez, em Havana, sempre na presença de Fidel Castro.

Que o compromisso estava destinado a não ficar só no papel é algo que o tempo comprovou abundantemente. Os líderes das Farc continuaram a transitar livremente pelo território nacional, mesmo depois de comprovado que eram os maiores fornecedores de cocaína ao traficante Fernandinho Beira-Mar; e seus agentes em ação no Brasil jamais foram incomodados pelas nossas autoridades, mesmo depois de denunciado que davam adestramento em guerrilha urbana para os bandidos do PCC e do Comando Vermelho, contribuindo maciçamente para que a quota de brasileiros assassinados alcançasse a cifra de cinqüenta mil cadáveres anuais.

Também não é preciso dizer que qualquer membro das Farc ou de outras organizações ligadas ao Foro, se acidentalmente preso por policiais ingênuos, conta imediatamente com a máquina do partido governante para protegê-lo de perguntas incômodas, libertá-lo o mais rápido possível e mesmo brindá-lo com o estatuto de asilado político, se não com o de cidadão brasileiro.

Se o leitor percebe a dose de cinismo necessária para um governo colaborar tão assídua e fielmente com o massacre da população nacional, deve entender sem dificuldade por que esse governo não se sente nem um pouco culpado pela morte de mais algumas centenas de brasileiros, no desastre da TAM. Cada um de nós deve recordar-se de quando o então candidato Lula, perante seu opositor Geraldo Alckmin, se vangloriava da folha de realizações de seu primeiro mandato, entre as quais a reforma do aeroporto de Congonhas. Mas a idéia de que quem leva os méritos da obra deve também arcar com as culpas dos seus erros é algo que requer um mínimo de sensibilidade moral, e nada, absolutamente nada sugere que esse mínimo tenha jamais entrado nas almas coriáceas dos srs. Lula e Garcia. Não digo que eles sejam amorais. Ao contrário, têm moral até demais: têm duas, como todos os revolucionários: uma para os “companheiros”, outra para o comum dos mortais. Naquela, eles são sempre inocentes; nesta, os outros são sempre culpados.

Por isso não creio ser tão difícil interpretar a cena filmada indiscretamente pela janela do ministro. O diálogo silencioso não dá uma indicação precisa de quem são os tais “eles”, subentendidos nos gestos de de Top-Top e Fuc-Fuc. Uns dizem que é a TAM, outros que é a mídia em geral, outros que são os partidos de oposição. Mas a suspeita que não me sai do pensamento é que somos todos nós – os brasileiros em geral, os profanos, os pecadores, os não iniciados no sacerdócio petista.

Surpreendido em flagrante, o ministro Top-Top não se deu por achado: tratou de fazer-se ele próprio de escandalizado, improvisando ex post facto uma bela embromação para tentar dar um sentido de alta moralidade à sua performance. Nada mais lógico, no governo chefiado por um homem isento de pecados. Mas parece que nem todos na administração petista chegaram tão alto nos mistérios da impecância eterna. Em contraste com a cara-de-pau ministerial, Fuc-Fuc, por sua vez, nada disse nem lhe foi perguntado. Recolheu-se a uma discrição tumular. Suponho que ainda esteja trancado no banheiro, hostil a qualquer contato humano. Pela primeira vez na história da mídia universal um assessor de imprensa, cujo serviço é falar, transcendeu duplamente a comunicação verbal: primeiro mostrou que podia ser eloqüente com gestos sem palavras, e depois mais eloqüente ainda sem palavras nem gestos.



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